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Em depoimento, ministros desmentem versão de Bolsonaro sobre reunião

Segundo generais, presidente mencionou a Polícia Federal
publicado 13/05/2020
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Em depoimento à Polícia Federal, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) deram uma versão diferente da do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação ao que ocorreu na reunião ministerial do dia 22 de abril.

De acordo com a Folha de S.Paulo, os dois ministros militares, que prestaram depoimento nesta terça-feira (12/V), afirmaram que Bolsonaro mencionou o nome da Polícia Federal ao cobrar relatórios de inteligência.

Segundo Ramos, Bolsonaro "se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros”​.

Ramos confessou ainda que Bolsonaro "acrescentou que para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro". "Vocês precisam estar comigo", teria dito o presidente.

A mesma versão de Ramos foi dada por Augusto Heleno. O chefe do GSI contou que Bolsonaro, na reunião, cobrou "de forma generalizada" todos os ministros da área de inteligência, "tendo também reclamado da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo decisões específicas sobre sua segurança pessoal, sobre a Abin, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa."

Nesta terça, Bolsonaro declarou em entrevista improvisada na rampa do Palácio do Planalto: 'Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras".