"Eles serão desmascarados. Espero estar vivo para assistir", diz Lula sobre decisão arbitrária do TRF-4

O presidente Lula comentou nesta quarta-feira 6/V a arbitrária decisão do TRF-4 de manter sua condenação no caso do sítio de Atibaia. "A votação de hoje é resultado da conexão Curitiba... Não esperava outra coisa. Eles vão ser desmascarados. Eu espero estar vivo pra assistir. Eu sou de uma terra em que a gente gosta de brigar muito", afirmou durante debate com as jornalistas Helena Chagas e Tereza Cruvinel e com o ex-ministro da Casa Civil Alozio Mercadante.

Ele também falou sobre a escalada da crise política provocada por Jair Bolsonaro, em especial sobre a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. "Não sei quem mente mais: o Bolsonaro ou o Moro. O Moro não tem caráter. Até hoje não provou as acusações que me fez. A montanha pariu um camundongo. Ele gerou expectativa na população sobre o Bolsonaro e não falou nada. Sabia que estaria prevaricando. Um dia a casa vai cair", disse Lula.

"Eu estou convencido que o Moro vendeu o Brasil para o FBI, para a CIA, para ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Ele e o Ministério Público da Lava Jato", completou.

A respeito da postura de Bolsonaro ao tratar a pandemia do novo coronavírus, Lula foi enfático: "elegemos uma pessoa que tem desprezo pelas relações humanas. O Bolsonaro não tem condições de gerir a pandemia porque ele não acredita nela. Ele acha que o Brasil está imune, enquanto o país pode se tornar o epicentro do coronavírus. Hoje já são mais 614 mortos (...) Eu estou nessa do 'Fora Bolsonaro'. Ele não está qualificado como ser humano pra presidir um país", disparou. E completou com uma autocrítica:

"Eu penso que nós vamos ter que radicalizar um pouco mais pra fazer a democracia funcionar. Acho que minha autocrítica é que fui republicano demais. O discurso daquela empresária com os enfermeiros em Brasília... Aquilo é fascismo".