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Eduardo Bolsonaro ameaça com ruptura e medida enérgica

Vídeo: a questão não é de "se", mas, sim, de "quando" isto vai ocorrer
publicado 28/05/2020
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Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aventou a possibilidade de haver uma ruptura entre os poderes no Brasil após operação contra fake news.

Em entrevista a Allan dos Santos, dono do site Terça Livre, o deputado falou em "medida enérgica", "momento de ruptura" e  que a questão não é de "se", mas, sim, de "quando" isto vai ocorrer.

"Essa postura, eu até entendo quem tem uma postura mais moderada, vamos dizer, para não tentar chegar ao momento de ruptura, um momento de cisão ainda maior, um conflito ainda maior. Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos. Mas falando bem abertamente, opinião do Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de 'se', mas de 'quando' isso vai ocorrer", afirmou.

A declaração veio após a Polícia Federal cumprir, na última quarta-feira (27/V), mandados de ordem e apreensão contra nomes ligados ao chamado ‘gabinete do ódio’.

Entre os alvos estão o próprio Allan dos Santos, Sara Winter, o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, Edgard Corona, Reinaldo Bianchi, Winston Rodrigues, Bia Kicis, Carla Zambelli, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Luciano Hang e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL).

"Quem que é o ditador nessa história? Vale lembrar que, antes do Bolsonaro assumir, falavam que ocorreriam tempos sombrios, perseguição a negros, a pobres, a gays, às mulheres, etc. Pergunta que eu faço: quantas imprensas fecharam no Brasil devido a ordem do presidente? Zero. Quantos presos políticos existem no Brasil? Zero. E a gente está vendo aqui uma iniciativa atrás da outra para esgarçar essa relação. E, depois, não se enganem: quando chegar ao ponto em que o presidente não tiver mais saída e for necessária uma medida enérgica, ele é que será taxado como ditador", declarou Eduardo.

Na entrevista, o deputado disse que dois ministros do STF conseguiram a "proeza" de fazer com que apoiadores de Bolsonaro passem a se manifestar aos domingos não mais diante do Palácio do Planalto, em apoio ao presidente, mas na frente do tribunal, em protesto.

"Os ministros Alexandre de Moraes e o Celso de Mello conseguiram a proeza de fazer com que a manifestação, que até então ocorreu em seis fins de semana consecutivos em Brasília, e o pessoal vai lá na frente do Palácio do Planalto saudar o presidente da República, agora o pessoal vai se voltar para o outro lado da praça [dos Três Poderes] para voltar as suas críticas ao STF", declarou Eduardo Bolsonaro.

Celso de Mello é relator do inquérito que apura se Bolsonaro interferiu na Polícia Federal. Alexandre de Moraes é relator do inquérito que apura ameaças contra ministros do STF e disseminação de conteúdo falso nas redes sociais, as chamadas "fake news".

Veja o vídeo com a declaração do deputado.