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Doria pode ser um dos próximos alvos da Polícia Federal de Bolsonaro

SP é um dos estados menos transparentes na divulgação dos contratos emergenciais feitos durante a pandemia do coronavírus
publicado 26/05/2020
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A Polícia Federal deu início na manhã desta terça-feira (26/V) a uma série de operações que têm como alvo os governadores. 

A primeira é a Operação Placebo, que ocorre no Rio de Janeiro e apura indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública no estado.

De acordo com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), em entrevista à rádio Gaúcha na última segunda-feira (25/V), há outros governadores investigados.

“A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter, nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez, de ‘Covidão’ ou de… não sei qual vai ser o nome que eles vão dar… mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, confirmou a deputada.

Após investigar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC-RJ), que de aliado virou inimigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), pode entrar na mira da PF.

Estudo divulgado pela Transparência Internacional mostra que os governos de Roraima e São Paulo são os menos transparentes na divulgação dos contratos emergenciais feitos durante a pandemia de Covid-19.

Ao não dar transparência aos contratos feitos sem licitação, os governos dificultam a fiscalização e impedem que a sociedade veja como o dinheiro público está sendo usado durante a pandemia do coronavírus.

"A flexibilização dos controles e a realização dos procedimentos sem o processo licitatório acabam aumentando o risco de corrupção", afirma Guilherme France, coordenador da pesquisa da Transparência Internacional ao G1.