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Dia 24: tem que ir para o enfrentamento!

Xavier: Golpe fez do​ TST um Tribunal Superior dos Tubarões
publicado 16/01/2018
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O Conversa Afiada tem o prazer de oferecer ao amigo navegante sereno (sempre!) artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:

O brasil de cristiane


A insistência patológica do presidente ladrão em empossar cristiane brasil no ministério do trabalho só ilustra a degradação irreversível das ditas “instituições que funcionam”.

Pouco a falar sobre a cidadã além do que já foi escancarado à exaustão. cristiane brasil está no papel daquela messalina que todos sabem do que vive em noites de luxúria, inclusive ela própria. Mas a bem de amantes fátuos, desfila durante o dia como senhora impoluta. Nem sempre consegue: as vestimentas de oncinha traem aquele sentimento profundo de aparecer tal qual é de fato. É mais forte do que ela.

Suas picaretagens, expostas em praça pública, inviabilizariam qualquer um a se credenciar a um mero cargo de assessora da assessora do assessor de um assessor inexistente. Neste Brasil sem lei, cristina quer virar ministra. O principal fiador, seu pai, resume-se a um bandido confesso, julgado, condenado e marcado definitivamente como meliante contumaz, com mais ou menos quilos a mais.

Colunistas globais a soldo do sistema S carioca (alô, Merval) ou de fontes ainda inconfessas fingem se assustar com o que chamam de imprudência do bucaneiro do Planalto. Como não investigou o prontuário da indigitada antes da nomeação? Vamos falar sério: quem disse que o passado, presente e futuro da madame era desconhecido de quem a nomeou? Um golpista que, à sua semelhança, montou um ministério repleto de bandoleiros notórios, gente que hoje ou está presa ou então é acusada de roubalheiras, está lá preocupado com tais “detalhes”?

Claro que não. O caso cristiane, diga-se a verdade, não é nada perto do que ocorre com o Brasil, este com B maiúsculo, desde o golpe de 2016. O país vem sendo entregue a céu aberto ao grande capital internacional. O ato mais recente foi colocar a Petrobras como coadjuvante minoritária da exploração de campos de petróleo. Desta vez foram os franceses os premiados.

Daqui pra frente, serão outros grupos estrangeiros, um após outro, até a Petrobras virar definitivamente tarefeira de garanhões multinacionais. Isto para não falar da volta à escravidão de empregados antes protegidos pela CLT, da transformação de trabalhadores qualificados em vendedores de bolo de fubá, das demissões massa avalizadas de próprio punho pelo presidente do TST, doravante batizado de Tribunal Superior dos Tubarões.

Há uma pendenga judicial em curso envolvendo a nomeação de brasil. Tomados de súbito impulso saneador, juízes afirmam que a nomeação fere a “moralidade administrativa”. Pois bem: se estão tão preocupados com isso, como admitem que ocupem cargos no ministério monstrengos como o wellington gatinho cofre angorá franco, eliseu primo quadrilha, carlos cunha marun, picciani de tal e outras aberrações do gênero?

O problema é de outra ordem. Esses juízes, assim como outros na fila, também disputam um cantinho numa nota de jornais moribundos (enquanto existirem), alguns segundos em jornal de TV (que cada vez menos gente assiste) e ficar bem na foto com familiares, vizinhos, porteiros e jornaleiros. Sabem muito bem que a Constituição autoriza o “presidente” a nomear inclusive gente como a tal brasil. Mas também enxergam que, num governo golpista, a Constituição depende de quem tem a caneta na mão. A Constituição brasileira, desde a Lava Jato, virou Convicção baderneira, sob a bênção do dito supremo tribunal federal. Não foi isto o que se viu quando Lula foi nomeado ministro e impedido de assumir pelo canguru Gilmar Mendes com base num grampo criminoso –isto mesmo, Sérgio Moro, criminoso?

A única contribuição verdadeira da nomeação desta excrescência brasileira é atualizar, aos olhos de quem quer ver, a anarquia política, jurídica e institucional em que o país está metido. O próximo capítulo vai ao ar em 24 de janeiro. A data está montada para representar mais uma pá de cal na esperança de tirar o Brasil da ruína humilhante a que vem sendo submetido. Ou não.

Quem vai decidir é a mobilização popular. Como diz Guilherme Boulos, tudo dependerá da disposição para o enfrentamento. Sem dó nem piedade, vale acrescentar.

​Joaquim Xavier​