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Deter Bolsonaro virou questão de preservação ambiental

Brito: é um devastador!
publicado 06/02/2020
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(Reprodução)

Por Fernando Brito, do Tijolaço - Deter Jair Bolsonaro tornou-se, também, uma questão de preservação ambiental.

É impressionante a velocidade com que ele vai derrubando um após outros os mecanismos de proteção da natureza que temos – ou tínhamos.

Só nesta semana, anunciou uma lei para permitir o garimpo em terras indígenas.

Em média, um grama de ouro – o alvo principal, mas não único – exige a remoção de uma tonelada de terra, o que dá ideia do potencial destruidor da atividade, sem contar os danos dos “canhões d’água” e no mercúrio jogado nos rios.

Evidente que não faz isso para amparar o garimpeiro pobre e enlameado.

Os interesses das grandes mineradoras na Amazônia, sobretudo as canadenses, não são novos nem são poucos.

E o poder econômico que têm para obter “autorização” indígena para operar é o suficiente para criar uma teia de corrupção em muitas das comunidades remanescentes.

Embora esta seja a situação mais grave, não é a única. O desmanche da fiscalização ambiental se dá por por toda a parte.

Hoje, a Folha traz a portaria do ICM Bio que libera a pesca “esportiva” em unidades de preservação. Movido pela miragem das “cancúns nacionais”, não é ao sujeito que senta na praia de caniço que isso visa ou que pega um barquinho, como Bolsonaro fez e pega uns peixinhos em área proibida.

É negócio, e com dinheiro suficiente para comprar apoio nas comunidades ribeirinhas ou caiçaras.

É assim que se implanta a mais nefasta corrupção, que não é a de indivíduos, mas a de coletividades.

É esta que devasta em grande escala, porque o dinheiro grosso – e não os pobres, como diz Paulo Guedes – é quem destrói a Terra.

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