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Depois de Cancellier, PF ataca a UFMG

Dilma e Celso Amorim protestam
publicado 07/12/2017
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Servidores da UFMG protestam contra a violência da Polícia dita Federal (Créditos: Larissa Ricci/EM/DA Press)

O amigo navegante se lembra do papel vergonhoso - para ser gentil - do aparelho montado em Florianópolis - de que fizeram parte o Procurador Federal André Bertuol, a Juíza Janaina Cassol e a delegada Marena da Polícia Federal  -  que levou ao suicídio do Reitor Cancellier (veja a entrevista de seu amigo Desembargador Lédio Rosa de Andrade à TV Afiada).

Como se não bastasse, a Polícia dita Federal ainda quer absoluta autonomia funcional e orçamentária, para se tornar, é claro, um Estado dentro do Estado (mínimo dos tucanos...)!

Breve a Polícia Federal vai exigir de seu diretor-geral Senvergóvia o regime de inimputabilidade penal e cível!

Não bastasse o Reitor Cancellier, a PF invadiu a Universidade Federal de Minas Gerais, o que gerou os protestos de Dilma e Celso Amorim:

Dilma lamenta a espalhafatosa ação da PF na UFMG

Presidenta eleita se mostra indignada com operação batizada de "Esperança Equilibrista", que promoveu conduções coercitivas na UFMG para apurar construção do Memorial da Anistia. "É uma bofetada nos anistiados, um desrespeito à memória dos torturados e que tombaram na luta contra a ditadura", critica

“A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 6, mais uma operação espalhafatosa, dessa vez para apurar suspeitas sobre o Memorial da Anistia, obra da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) feita com recursos do governo federal.

Batizada perversamente de “Esperança equilibrista” – uma referência traiçoeira à imortal obra de Aldir Blanc e João Bosco que é simboliza o Hino da Anistia – a operação da PF é uma bofetada nos anistiados e um desrespeito à memória dos torturados e dos que tombaram na luta contra a ditadura.

Isso ocorre meses depois da infundada operação desencadeada na Universidade Federal de Santa Catarina que provocou o suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier.

Novamente, de maneira injustificada, extrapola-se o limite do bom-senso e monta-se uma operação policial que joga para a plateia, ao envolver mais de 80 policiais para fazer conduções coercitivas.

É lamentável que a sombra do Estado de Exceção continue a se projetar sobre as instituições brasileiras”.

Dilma Rousseff
Presidenta Eleita do Brasil

Truculência


Caro amigo Clelio Campolina,

Receba minha total solidariedade em relação à ação truculenta desencadeada hoje contra você e outros dirigentes e professores da UFMG. Como Ministro da Defesa, encarregado da segurança por ocasião da Copa das Confederações, em 2013, pude apreciar a firmeza de sua atitude democrática, que contribuiu decisivamente para o desfecho positivo e pacífico de uma situação complexa, que poderia ter caminhado para um perigoso e desnecessário confronto. Mais tarde, testemunhei a maneira sensata e equilibrada como você, já ministro da ciência e tecnologia, conduziu assuntos delicados como o acordo espacial com a Ucrânia. Intelectualmente, muito ganhei com nosso convívio e foi com alegria que recentemente compartilhei com você uma mesa de debate sobre o futuro do Brasil na grande instituição que você tão bem dirigiu. Por tudo isso e pelo alto conceito dos seus colegas igualmente atingidos por essa ação intempestiva, fiquei muito chocado ao tomar conhecimento da condução coercitiva a que foram submetidos, totalmente injusta e descabida.

Abraço amigo,
Celso