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Cruvinel: 2018 terá novas medidas

Tempo de tevê não vai eleger o Santo do Relho
publicado 05/08/2018
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O Conversa Afiada reproduz trechos de artigo de Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Sem medidas


Candidato singular é Bolsonaro, que parece ter vindo de outro mundo mas fala para uma extrema-direita preexistente que agora saiu do armário. O tamanho eleitoral dela só saberemos depois da apuração. Nunca foi antes representada nem mensurada.

Fenômeno eleitoral não é só o estouro de um nome novo e arrebatador. Nesta eleição, o único fenômeno é Lula, por se manter na liderança após quatro meses de prisão e contra todos os avisos de que sua candidatura será impugnada. Mas o êxito do PT com o substituto de Lula dependerá de outro imponderável, seu poder de transferência de votos. Lula o gastou muito com Dilma e Ciro Gоmes já fale que "o Brasil não aguenta outro poste".

O apoio do Centrão garantiu máquinas eleitorais formidáveis a Alckmin, entendemos no primeiro momento: DEM, PP, PR, etc. Mas quando examinamos a situação nos estados, não é bem assim. O acordo feito "pelo alto" entra em contradição com a realidade local. Ninguém acredito que o presidente do PP, Ciro Nogueira, suará a camisa pelo tucano. O lulismo campeia no Piauí e lá ele integra a coligação do governador petista Wellington Dias. O apoio do DEM não pode ser tomado ao pé da letra. O coordenador da campanha de Bolsonaro no Sul é o demista Onyx Lorenzoni. Ao aceitar ser vice de Alckmin, a senadora Ana Amélia sacrificou a candidatura do pepista Luiz Heinze a governador, em favor do tucano Eduardo Leite. Mas o PP gaúcho continuará apoiando maciçamente é Bolsonaro

Por isso e muito mais, esta eleição não pode ser examinada com os instrumentos de outro tempo.