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Condor: Geisel se safou de boa!

A Operação é coisa nossa, muito nossa!
publicado 19/01/2017
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Em conversa com o excelente jornalista e biógrafo Wagner William (“O soldado absoluto”, biografia do Mal. Lott), o ansioso blogueiro comentou minúscula informação num pé de página do Estadão:

“Itália condena 8 ex (sic)-líderes pela (sic) Operação Condor”

Os ex-presidentes latinos – Luis García Meda Tejada (Bolívia), Francisco Bermudez Cerrutti (Peru)- e o chanceler uruguaio Juan Carlos Blanco foram condenados à prisão perpetua por assassinato de cidadãos italianos cometidos pela Operação Condor.

Quatro brasileiros – João Osvaldo Leivas Job, Carlos Alberto Ponzi, Átila Rohrsetzer e Marco Aurélio da Silva Reis -, acusados de sequestro e morte do ítalo-argentino Lorenzo Viñas, começam a ser julgados (na Itália!) em fevereiro.

Wagner William é responsável por excelente reportagem sobre a origem da Operação Condor.A Operação não nasceu no Chile, como dizem os historialistas, aliviados com a nossa inocência!

Nasceu no Brasil, em Pindorama, como gosta de dizer o Pai de todos os historialistas, o Elio Gaspari!

A Operação Condor começou no Governo Médici e prosseguiu infatigável no Governo do Grande Democrata Ernesto Geisel.

Geisel mandou representante à reunião em que, em Santiago, o General Contreras fundou, oficialmente, a Condor.

Mas, ela já exista, na verdade., como demonstra o William.

(Sobre essa matéria, recorrer sempre à autoridade de Luiz Claudio Cunha, outro excelente jornalista.)

E Geisel complementou a obra, com o assassinato de JK – veja entrevista reveladora com o professor Alessandro Octaviani, da USP - e Jango, como demonstra seu filho João Vicente Goulart.

Com a ajuda de grande brasileiro, o delegado Sérgio Paranhos Fleury, herói da Casa Grande paulista, Geisel destruiu o projeto da Frente Ampla de Renato Archer.

(Se a familia permitisse a exumação, também seria possível mostrar os vestígios da dupla Fleury/Geisel na morte de Carlos Lacerda, que estava na Frente Ampla e ninguém sabe do que morreu.)

Geisel se livrou de boa.
Escapou – por enquanto – de ser condenado na Itália.

Ele ainda pode ser desenterrado das páginas do historialista que o transformou, com o Feiticeiro Golbery, num dos Pais da Democracia Brasileira!

Viva o Brasil, que conseguiu desmoralizar a palavra “ditadura”!

PHA