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CNJ pune juiz que acusou Gilmar Mendes de receber propina

“A mala foi grande”, disse Glaucenir
publicado 03/12/2019
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) puniu nesta terça-feira 3/XII o juiz Glaucenir de Oliveira, da Vara Criminal de Campos de Goytacazes (RJ), por ter acusado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de receber propina para conceder habeas corpus ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho.

Os conselheiros decidiram aplicar a segunda pena mais grave ao magistrado: a de disponibilidade, segundo a qual o juiz ficará dois anos afastado do cargo, mas terá direito de receber salário proporcional ao tempo de serviço.

O caso que motivou a punição aconteceu em 2017, quando Glaucenir enviou em um grupo de WhatsApp uma mensagem de áudio na qual dizia que Gilmar receberia alguma quantia para reverter uma prisão preventiva de Garotinho.

“A mala foi grande”, disse o magistrado no áudio. Glaucenir disse ter recebido informações sobre o pagamento de propina a Mendes. Ele acrescentou ainda que outros ministros do STF se “acovardam” diante as decisões do colega e concluiu afirmando que “virar palhaço de circo do Gilmar Mendes não tem condição”.

Quando o áudio se tornou público, o desembargador pediu desculpas e disse ter repassado "comentários de terceiros", além de ressaltar que os comentários não condiziam "com a verdade".

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