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Ciro: descaso de Bolsonaro com vazamento é vingança contra o Nordeste!

Já Bolsonaro joga a culpa no PT, nas ONGs e na Venezuela...
publicado 23/10/2019
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Mesmo sem proteção adequada, voluntários já retiraram centenas de toneladas de óleo das praias da região (Créditos: Léo Domingos/Fotos Públicas)

Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e candidato à presidência pelo PDT nas eleições de 2018, afirmou que a demora do Governo Federal em tomar medidas para conter o vazamento de petróleo no litoral do Nordeste é parte de uma "vingança" do presidente Jair Bolsonaro contra a região.

"Bolsonaro é vingativo. Ele não perdoa nós, nordestinos, porque perdeu na região. Só isso explica essa canalhice. Na costa brasileira passa muito petróleo. Então, no governo do Brasil, já existia um plano de contingência, já havia uma condição de acompanhamento. Bolsonaro fechou essa condição, jogou esse plano na lata do lixo e não fez absolutamente nada sério. Viajou para fora do país sem ter feito sequer uma visita à região", disse Ciro.

Ele continua: "Bolsonaro é um tragédia para o Brasil".

A declaração foi feita durante entrevista à Rádio Jornal de Caruaru, em Pernambuco, na manhã desta terça-feira 22/X.

O vazamento de petróleo já atinge mais de dois mil quilômetros do litoral do Nordeste. O governo brasileiro ainda não conseguiu descobrir a origem ou o culpado da tragédia.

Segundo o G1, o Departamento de Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos, órgão do Ministério do Meio Ambiente responsável por definir estratégias para desastres ambientais - como vazamentos gigantes de petróleo, por exemplo... - ficou sem chefe do final de março até o início de outubro. O cargo só foi ocupado 35 dias após o aparecimento das primeiras manches de óleo no litoral nordestino.

Em abril, o Governo Federal também extinguiu o comitê executivo do Plano Nacional de Contingência (PNC), o órgão responsável por mobilizar e coordenar esforços para conter rapidamente tragédias relacionadas à indústria petroquímica. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acionou o PNC apenas 41 dias após os primeiros registros de vazamentos.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro recorreu (novamente) ao Twitter para culpar o PT, os ambientalistas e a Venezuela pelos vazamentos: "no mínimo estranho o silêncio de ONGs e esquerda brasileira sobre o óleo nas praias do Nordeste. O apoio desses partidos ao ditador Maduro fortalece a tese de um derramamento criminoso", declarou ontem (22/X) o Jair Messias.

Desde 30 de agosto, as manchas de petróleo já atingiram duzentos pontos do litoral nordestino, entre a costa oeste do Maranhão e o sul da Bahia.

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