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Caso Marielle: Polícia sabia há um ano sobre menção à casa de Bolsonaro

MP-RJ mentiu?
publicado 05/11/2019
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Documentos do inquérito sobre o assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, mostram que a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem há mais de um ano as planilhas com os registros de entrada de visitantes do condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, onde Jair Bolsonaro tem uma casa.

Reportagem da Folha de São Paulo nesta terça-feira 5/XI mostra que os papéis contradizem a versão do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), segundo a qual o órgão só teve acesso aos documentos em 5/X, após o militar aposentado Ronnie Lessa, acusado de assassinar Marielle e Anderson, e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, outro réu no processo, terem confirmado que se encontraram no condomínio horas antes dos assassinatos, em março de 2018.

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil tem em mãos esses documentos desde novembro de 2018. A Promotoria, por sua vez, foi informada em março deste ano sobre a apreensão das planilhas.

A promotora que afirmou pela primeira vez que a planilha só havia sido apreendida em outubro foi Carmen Carvalho, bolsonarista assumida que só se afastou do caso após a divulgação de sua militância nas redes sociais.

Apesar do acesso anterior às planilhas, somente em outubro os integrantes do MP-RJ procuraram o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para saber se poderiam continuar a investigação após a citação ao nome do presidente da República.

O Jornal Nacional, da TV Globo, revelou que uma das planilhas manuscritas indicava que o ex-policial militar Élcio de Queiroz tinha como destino a casa 58, a de Bolsonaro, no dia do assassinato de Marielle e Anderson.

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