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Boulos: a indignação precisa tomar as ruas!

Bolsonaro adotou a "doutrina de choque"
publicado 04/08/2019
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Boulos em manifestação na Avenida Paulista, São Paulo, 30/X/2018 (Créditos: Mídia Ninja)

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e candidato à presidência pelo PSOL em 2018, Guilherme Boulos, defendeu a união de movimentos da esquerda para fortalecer a oposição ao governo do Jair Messias.

A declaração aconteceu ontem (3/VIII), na 21a Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo.

"Temos de superar esse momento de perplexidade e de revolta virtual, unir partidos, movimentos e forças da esquerda para reagir às investidas. Isso é fundamental pra gente enfrentar o que o Brasil está sofrendo. Nossa indignação tem de ir pras ruas. Nossa oposição tem de ir para além das nossas bancadas no Congresso, onde nossos representantes, mesmo em minoria, conseguem dizer o que temos atravessado na garganta. Temos de sair da bolha, voltar às bases, às periferias", disse Boulos.

"Sujar o pé na lama", como afirmou ao ansioso blogueiro na TV Afiada em março de 2019.

Para Boulos, o governo Bolsonaro pratica uma "doutrina de choque":

"A Doutrina do Choque é quando você desarma, desmonta, cria caos e confusão, deixa uma sociedade totalmente atordoada, quebra as forças de resistência para depois impor seus interesses sem nenhum tipo de dificuldade. É isso que está sendo aplicado aqui no Brasil. O governo está neutralizando as reações e normalizando os absurdos. É uma técnica militar."

Boulos também disse que é preciso apresentar um novo projeto político da esquerda, sem deixar de lado os avanços dos governos Lula e Dilma: "é deixar claro que nosso projeto é o da solidariedade, que coloca a vida acima do lucro, que preserva nossas florestas, não mate índios para lhe tirar a terra, que não coloca mais veneno na nossa comida, que garanta direitos e não privilégios".

E continuou: "não podemos ter medo de usar camisa vermelha, de defender nossa posição contrária a privilégios. E, para quem nos chamar de socialistas, questionar se o capitalismo deu conta de criar empregos dignos para todos, saúde, educação e aposentadoria para todos."

Em tempo: sobre "ir às ruas", Boulos, o MTST e a Frente Povo Sem Medo convidam para um ato contra os abusos de Moro e Bolsonaro, amanhã (5/VIII), às 18h, na Avenida Paulista, em São Paulo.


Reprodução: Twitter/@GuilhermeBoulos

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