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Bolsonaro pede que STF não divulgue a íntegra do vídeo que pode derrubá-lo

"É um constrangimento", admite
publicado 22/05/2020
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu na noite de quinta-feira (21/V) que o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), não divulgue a íntegra do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.

Em sua tradicional live, o presidente afirmou que seria um "constrangimento" a publicidade integral do conteúdo do vídeo.

"Vão perder amanhã, estou adiantando a decisão do ministro Celso de Mello. Não tem nada, nenhum indício, de que porventura eu interferi na Polícia Federal naquelas duas horas de fita. Mas eu só peço, não divulguem a fita toda",disse.

"Tudo que eu falei pode ser divulgado, exceto duas pequenas passagens, de 15 segundos cada uma, que a gente fala de política internacional e uma coisa, no meu entender, de segurança nacional e, obviamente, o que os ministros falaram, como não tem nada a ver com o inquérito, que não tornasse público, porque é um constrangimento... ficamos na informalidade, você brinca um com o outro, sai um palavrão... não é o caso de tornar público isso", continuou.

Celso de Mello decide nesta sexta-feira (22/V) se divulga a íntegra ou apenas trechos da reunião. 

De acordo com o ex-ministro Sergio Moro, na ocasião, o presidente cobrou a troca na Superintendência da Polícia Federal no Rio, o que pode caracterizar interferência do Poder Executivo em um órgão de Estado.