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Bolsonaro manda o Mourão calar a boca!

Jair, a crase não foi feita para humilhar ninguém - F. Gullar
publicado 27/09/2018
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Parece, mas não é a Ana Relho... (Reprodução: Ag. RBS)

Do Estadão:

Em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, o general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições 2018, afirmou que o 13.º salário e o pagamento de adicional de férias são "jabuticabas" - ou seja, só ocorrem no Brasil. Após a divulgação do vídeo, a campanha de Bolsonaro determinou o cancelamento de todas as agendas públicas de Mourão até o dia da votação do 1º turno.

As declarações de Mourão foram dadas a comerciantes no Sul: "Temos umas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário", disse Mourão. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Como a gente arrecada 12 (meses) e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais", completou. "São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo."

Pelo Twitter, o candidato do PSL respondeu Mourão afirmando que criticar o 13º salário, "além de uma ofensa à (sic) quem trabalha", é "desconhecer a Constituição".

O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição.

— Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) September 27, 2018

Outros presidenciáveis já se manifestaram sobre as declarações de Mourão sobre o 13º salário. Geraldo Alckmin (PSDB) criticou a fala do vice de Bolsonaro.

(...)

Antes, o Conversa Afiada publicou:

Com relho, vice de Bolsonaro demite funcionários públicos


Via GaúchaZH:

Em Bagé, vice de Bolsonaro defende fim da estabilidade no serviço público


Recebido aos gritos de "mito" e tendo na mão um rebenque como o usado por ruralistas para hostilizar militantes petistas em março, durante a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Rio Grande do Sul, o candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), palestrou na noite desta quarta-feira (26) para cerca de 2,5 mil pessoas na Associação Rural de Bagé.

Mourão defendeu a revogação da estabilidade no serviço público e uma profunda reforma do Estado, com prioridade à saúde, segurança, educação e agronegócio.

— Por que uma pessoa faz um concurso e no dia seguinte está estável no emprego? Ela não precisa mais se preocupar. Não é assim que as coisas se comportam. Tem que haver uma mudança e aproximar o serviço público para o que é a atividade privada — afirmou Mourão.

Comparando o Brasil a um "cavalo maravilhoso que precisa ser montado por um ginete com mãos de seda e pés de aço", Mourão criticou o que considera travas para o país, como a elevada tributação, o excesso de leis, o "ambientalismo xiita" e a "hegemonia do politicamente correto".

— Temos uma crise de valores, resultado de mais de 30 anos de processo de desconstrução da identidade nacional provocada por uma intelectualidade. Perdemos a alegria de brincarmos um com os outros — declarou. (...)

Em tempo: sobre a Ana Relho, leia mais no imperdível ABC do C Af.