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Bolsonaro diz que economia "estava voando" antes da pandemia e pede reabertura

Ele diz que sempre defendeu a vida. Há quem acredite...
publicado 16/04/2020
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(TV Brasil)

Jair Bolsonaro fez um pronunciamento na tarde desta quinta-feira 16/IV, minutos depois de oficializar a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e a nomeação do oncologista Nelson Teich para o comando da pasta.

O Conversa Afiada reproduz algumas das principais declarações de Bolsonaro:

- "Não condeno, não recrimino e não critico o ministro Mandetta. Fez o que achava que devia fazer. Ao longo deste tempo, a separação cada vez mais se tornava uma realidade, mas não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito por ele até o momento fosse perdido. O que conversei ao longo desse tempo com o oncologista dr. Nelson, ao meu lado, foi fazer com que entendesse a situação como um todo, sem abandonar a preservação da vida, mas sem esquecer que temos outros problemas, que é a questão do desemprego. Junto com o vírus veio uma máquina de moer empregos";

- "Gradativamente, temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar presa dentro de casa e, pior, quando voltar não ter emprego. O governo não tem como manter auxílio emergencial ou outras ações por muito tempo. Já se gastou R$ 600 bilhões e podemos chegar a R$ 1 trilhão. Sei e repito que a vida não tem preço, mas a economia, o emprego têm que voltar à normalidade. Não o mais rápido possível, mas tem que começar a ser flexibilizado para que não venhamos a sofrer mais com isso. Nós todos, Executivo e Legislativo, Judiciário, temos que tomar as decisões com muita prudência. O governo não é uma fonte de socorro eterna. Em nenhum momento, fui consultado sobre medidas adotadas por grande parte dos governadores e prefeitos. O preço vai ser alto. Tinham que fazer alguma coisa? Tinham. Mas se exageraram, não botem essa conta nas costas do nosso sofrido povo brasileiro";

- "Os excessos que alguns cometeram que se responsabilizem por eles. Devemos tomar medidas, sim, para evitar a proliferação ou expansão do vírus, mas pelo convencimento e com medidas que não atinjam a liberdade e garantias individuais de qualquer cidadão. Quem tem poder de decretar Estado de Defesa ou Sítio é o presidente da República, não prefeitos ou governadores. O excesso não levará à solução do problema, pelo contrário, se agravará."

- "Estávamos voando no final do último trimestre. Tudo estava indo bem. O Brasil tinha tudo para dar certo".

Assista ao pronunciamento: