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Aras admite que vídeo de reunião pode criar embaraços ao governo

Governo tem motivos para temer a divulgação
publicado 11/05/2020
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O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, admitiu que a divulgação do vídeo gravado durante reunião ministerial no dia 22 de abril pode "criar embaraços não só internos, mas também nas relações internacionais".

Em entrevista ao Canal Livre, da TV Bandeirantes, Aras afirmou que apenas os diálogos entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro Sérgio Moro devem ser divulgados. 

 "Assuntos estranhos a essa interlocução [ao diálogo entre Bolsonaro e Moro] devem ser dispensados, porque imagina-se que possa haver conversas que envolvam até questões de soberania nacional", disse.

"A rigor uma reunião de ministros de Estado pode vir a criar embaraços não só internos, mas também nas relações internacionais. Creio que a lógica seria que nós pudéssemos cronometrar apenas os pontos referentes aos diálogos entre o presidente e o ex-ministro", completou.

Como noticiou o Conversa Afiada, um dos temas mais sensíveis foram as falas do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre a China.

O ministro culpou o país asiático pela pandemia e apelidou a covid-19 de “comunavírus”.

Participantes do encontro de 22 de abril relataram  que o chanceler declarou que o novo coronavírus é uma “coisa da China”, com o propósito de dominar outras nações.

Ao dar o apelido de “comunavírus” à covid-19, o ministro deu uma gargalhada que, segundo presentes, foi acompanhada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dando sinais de que concorda com o ministro.

Aras no STF

Com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, Bolsonaro avalia indicar Aras para o STF (Supremo Tribunal Federal).

A informação é da Folha de S.Paulo.

No último mês, dois aliados do presidente sugeriram, em encontros no Palácio da Alvorada, que Bolsonaro leve em consideração o nome do atual chefe do Ministério Público Federal para a vaga.