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Ministro Bierrenbach entende de corrupção

Por que Cerra não quis provar que não era ladrão ?
publicado 12/08/2015
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Uma associação de ex-alunos da Faculdade de Direito de São Paulo redigiu um majestoso manifesto para sugerir a renúncia da Dilma.

Exercício inútil.

Há tanta chance de a Dilma renunciar quanto o Fernando Henrique de explicar ao neto como comprou a reeleição.

Há signatários ilustres, como o tucano Miguel Reale Jr que tem tanto apreço aos trâmites constitucionais, que mandou o Aecím às favas na companhia de seu sonho de impítim.

Outro ilustre signatário é o professor Modesto Carvalhosa, pioneiro da congregação de 1001 advogados que servem ou serviram a Daniel Dantas.

Está na edificante companhia do Tiaguinho Cedraz, o da tarja preta do JS, que Dantas contratou para defendê-lo no STJ, que iniciou o derretimento da Satiagraha.

Mas, com certeza, para provar sua inequívoca imparcialidade, o Juiz Moro subirá as escadas do STJ e desvendará a identidade do tarja preta.

O redator do inútil manifesto de advogados pro-renúncia é o ex-ministro do Superior Tribunal Militar, Flavio Flores da Cunha Bierrenbach.

Esse ágape de doutos paulistas de primitiva sensibilidade política não se inscreverá na biografia do ex-ministro.

Nela se assenta um processo judicial memorável.

Bierrenbach era um jovem político do MDB.

Numa feroz campanha, acusou o Padim Pade Cerra (ver no ABC do C Af), o Místico da Moóca, de se enriquecer quando Secretário do Planejamento do Governo Montoro (vem de longe...)

Cerra revelou-se indignadíssimo e processou Bierrenbach.

O Juiz Wálter Maierovitch de pronto iniciou a ação reparadora.

A integridade moral da vítima precisava ser restaurada !

Bierrenbach pediu "exceção da verdade", ou seja, o direito de provar o que dizia.

Em nome da Verdade e da Justiça, Maierovitch lhe concedeu o direito.

E a partir daí, Cerra se desdobrou em múltiplas instâncias e recursos para abafar o caso.

Ou seja, impediu que a Justiça provasse que não era ladrão !

Não quis se defender do acusador !

Mais tarde, num processo que moveu contra Amaury Ribeiro Jr, autor do clássico "A Privataria Tucana", Cerra teve uma vitória amarga.

Como a do Aecím na eleição de 2014.

O juiz, de fato, admitiu que Amaury tinha ofendido Cerra.

E mandou Amaury indenizar Cerra em R$ 1.

R$1 !, amigo navegante!

Não dá nem pra comprar um sorvete que a filhinha do Cerra produz em sociedade com um dos homens mais ricos do mundo.

É provável que o juiz que avaliou a honra do Cerra em R$ 1 tivesse conhecimento da página que enriquece a biografia do Ministro Bierrenbach!


Em tempo:
amigo navegante faz correção histórica: o encontro dos advogados pro-renúncia foi, na verdade, a última reunião dos conspiradores secessionistas da "revolução" constitucionalista de 1932. Coisa de coxinha paulista, perrepista.


Paulo Henrique Amorim




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