Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / 2015 / 04 / 27 / Greve: professores desmentem Alckmin

Greve: professores desmentem Alckmin

Greve de professor em SP, Paraná e Pará - onde governa tucano ...
publicado 27/04/2015
Comments


A respeito da declaração de Geraldo Alckmin de que "não existe greve de professor no Estado de São Paulo", Maria Izabel, presidente da APEOESP, afirmou que o governador "desrespeita os professores em greve".

Leia a íntegra do comunicado:

Governador continua desrespeitando os professores em greve


O Governador do Estado de São Paulo continua se repetindo, ora afirmando não haver greve de professores, ora dizendo que ela atinge apenas 1% dos professores ou, ainda, que é uma greve de temporários.

A realidade desmente o governador. Os meios de comunicação já confirmaram in loco que a greve atinge a rede estadual de ensino em todas as regiões do estado e que o número de professores parados supera 50%, chegando em alguns momentos a 70% ou 75% da categoria. Por ordem do Governo, muitas escolas tentam manter uma aparência de normalidade, mas não há atividade regular nas escolas estaduais.

O Governador repete a mesma cantilena de que teria dado aos professores reajuste de 45% em quatro anos (2011 a 2014), mas isto não é verdade. Parte deste índice se refere à incorporação de gratificações (Gratificação por Atividade de Magistério – GAM e Gratificação Geral – GG), sendo que a incorporação da GAM (em três parcelas anuais, entre 2010 e 2012) havia sido negociada no Governo anterior, quando era Secretário da Educação Paulo Renato de Souza.

Descontadas as incorporações das gratificações (cujos valores já eram recebidos pelos professores), o reajuste se limitou a 29,9%, em quatro parcelas. no período em que se registrou uma inflação de 27,77%, de acordo com o ICV-DIEESE. Assim, o pequeno aumento real de 1,6% não recompôs o poder de compra dos salários dos professores.

Diz também que pagou R$ 1 bilhão em bônus aos professores, o que também não se comprova. Na realidade, segundo dados do próprio Governo, apresentados perante o conselho fiscalizador do FUNDEB, foram despendidos R$ 606 milhões em abril e serão pagos outros R$ 306 milhões em setembro. Um pequeno “erro” de quase 9% nas contas.

Mas isto não é o mais importante. O fato é que o bônus não beneficia todos os professores e não é política salarial. Queremos que os valores gastos com bônus sejam convertidos em reajustes salariais para toda a categoria.

Não importa se o Governador fica nervoso a cada evento onde encontra professores em greve. Vamos continuar presentes em todos esses momentos para lembrá-lo de que está em dívida conosco e que nossa greve vai continuar até que o Governo Estadual apresente propostas que possam ser analisadas pela nossa categoria.




Veja também:


Globo faz como Alckmin: greve de professor não existe