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Dirceu foi ao Panamá, sim. Em visita oficial

E com o Lula
publicado 19/03/2015
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Do Blog do Dirceu:


Dirceu esclarece caráter público e legalidade de suas viagens de trabalho ao exterior




O jornalista Fausto Macedo publicou em seu blog no jornal O Estado de S.Paulo reportagem sob o título “Passaporte de Dirceu revela viagens a paraíso fiscal”.  O blogueiro publicou a notícia, ontem, inicialmente sem os esclarecimentos do ex-ministro, prestados através de sua assessoria. Eles foram enviados ontem mesmo, mas só foram acrescentados à notícia depois numa atualização da reportagem.

Ainda assim, o blogueiro divulgou apenas parcialmente os esclarecimentos prestados pelo ex-ministro via assessoria. E mantém a versão de que Dirceu abriu uma filial de sua empresa, a JDA Consultoria, para operar no Panamá, o que não ocorreu. “O pedido de abertura de filial sequer chegou a ser registrado naquele país, sendo revogado, por decisão da própria empresa, que seguiu todos os trâmites da legislação brasileira”, diz a nota da assessoria encaminhada ao blogueiro. “Destacar o Panamá apenas como “paraíso fiscal”, colocando em suspeição a licitude das viagens do ex-ministro, leva a uma leitura enviesada da atuação da JD no mercado externo”, completa a nota.

Com relação ao Panamá, a assessoria do ex-ministro esclarece que ele esteve no país diversas vezes, sendo recebido por Martin Torrijos quando presidente da República e, depois, já como ex-presidente. Dirceu foi recebido, também, pelo ministro de Relações Exteriores Samuel Lewis e por Nils Castro, um veterano companheiro de lutas contra as ditaduras e que na ocasião era assessor especial da Presidência da República panamenha.

Dirceu voltou várias vezes ao Panamá, inclusive na companhia do presidente Lula, quando foram recebidos pelo novo presidente Ricardo Martinelli (sucessor de Torrijos), participando de atividades e inaugurações de obras construídas por empresas brasileiras. O trabalho do ex-ministro consistiu em lutar pela atuação de empresas brasileiras naquele país, inclusive em reformas no Canal do Panamá e em obras de infraestrutura. Todas as visitas de Dirceu e as atividades nela desenvolvidas foram públicas.

Leiam a íntegra da nota encaminhada ao jornalista Fausto Macedo:

“A JD Assessoria e Consultoria ressalta que o ex-executivo da Engevix, Gerson Almada, confirmou em seu depoimento que nunca conversou sobre Petrobras com o ex-ministro e que Dirceu nunca fez pedido à empresa para doações eleitorais. Almada também afirmou à Justiça que o contrato com a JD teve o objetivo de prospecção de negócios no exterior, sobretudo Peru e Cuba.

De 2006 a 2013, o ex-ministro José Dirceu fez cerca de 120 viagens ao exterior a trabalho, percorrendo cerca de 30 países – com frequentes viagens a Portugal, Venezuela, Estados Unidos, Peru, Panamá e República Dominicana. Destacar apenas o Panamá como “paraíso fiscal”, colocando em suspeição a licitude das viagens do ex-ministro, leva a uma leitura enviesada da atuação da JD no mercado externo.

A JD também reitera, conforme já informou em mais de uma oportunidade o jornal O Estado de S. Paulo, que nunca estruturou qualquer operação no Panamá. O pedido de abertura de filial sequer chegou a ser registrado naquele país, sendo revogado, por decisão da própria empresa, que seguiu todos os trâmites da legislação brasileira.

ENGEVIX NO PERU

No depoimento dado à Justiça do Paraná na última terça-feira, o executivo Gerson Almada, da Engevix, detalhou a relação com o ministro José Dirceu, desmentindo a ligação da JD com contratos da Petrobras.

“Ele (Dirceu) se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltando a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte”, disse o empresário. O ex-executivo da Engevix afirmou à Justiça que se reuniu com José Dirceu somente depois que o ex-ministro deixou o governo.

“Foi num hotel e, depois, tive duas reuniões no escritório do ministro José Dirceu e ali combinamos uma atuação voltada principalmente para o Peru e Cuba. Fizemos uma viagem para o Peru com o José Dirceu, onde ele tinha um excelente relacionamento. É o que a gente chama de open door, (Dirceu) fala com todo mundo, bota você nas melhores coisas, mas não resolve o close door. A gente tem que fechar contratos. Ele nos colocava em contato com vários tipos de relacionamentos.”

No período da prestação de serviços da JD Consultoria, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru.

Durante a vigência do contrato, o ex-ministro José Dirceu fez viagens a Lima, no Peru, para tratar de interesses da Engevix – fato também confirmado pelo empresário Gerson Almada. Também fez diversas reuniões, aqui no Brasil, com executivos da companhia.”





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