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Fila de exames cai mais de 50% na rede pública da capital paulista

Número de procedimentos em espera caiu de 260.394, em dezembro de 2012, para 127.472 em fevereiro deste ano.
publicado 11/03/2015
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Diferente do que publica o PiG, a Prefeitura de São Paulo conseguiu reduzir as filas para exames realizados na capital paulista.

Saiu no Portal Vermelho, com informações da Prefeitura de São Paulo:


Fila de exames cai mais de 50% na rede pública da capital paulista



O número de pessoas que aguardam a realização de um exame, seja os diferentes tipos de ultrassonografia ou de diagnose e terapia como colonoscopia e ecocardiografia, caiu em mais de 50% na cidade de São Paulo nos últimos dois anos. Enquanto a fila para os exames na rede municipal de saúde tinha 260.394 procedimentos em espera em dezembro de 2012, em fevereiro deste ano, o número diminuiu para 127.472.

Somente em relação aos quase 20 tipos de ultrassonografias, a queda foi superior a 60%, passando de 180.170 aguardando no fim de 2012 para 71.222 no mês passado. Em números absolutos, mais de 108.948 ultrassonografias deixaram a fila. Já em relação aos sete exames de diagnose e terapia, a queda foi de 29,8%, passando de 80.224 em espera para 56.250.

De acordo com o coordenador da atenção especializada da Secretaria Municipal da Saúde, Flavius Augusto Albieri, o principal motivo para a queda foi a ampliação da oferta de serviços, em especial, com as quatro unidades móveis do programa Hora Certa. As chamadas “arenas” percorrem simultaneamente bairros da periferia, focando na realização de seis exames chamados medico-dependentes, com a intenção de atender mais rapidamente quem está esperando.

“É claro que não se espera que um problema de mais de uma década seja resolvido em dois anos, mas apesar dos problemas que ainda existem, temos estratégia para avançar nessa queda. A Hora Certa é o nosso maior investimento e quando a rede de hospitais dia estiver pronta, os resultados serão ainda melhores”, afirmou.

A maior queda nas ultrassonografias aconteceu na zona norte, de 78,7%, passando de 67.856 no fim de 2012 para 14.413 no início deste ano. Na zona leste, o número caiu 71% e passou de 53.216 pessoas em espera para 14.936. Na região sul, a queda foi de 41,7%, saindo de 41.023 para 23.895. Na região sudeste, diminuiu em 8,1%, de 13.904 para 12.767. O único aumento aconteceu na região centro oeste, de 4.171 para 5.211.

Em relação aos exames de diagnose e terapia, a maior queda aconteceu na região sudeste, em 60%, onde passou de 14.548 aguardando para 5.738. Na zona norte, a diminuição foi de 52%, de 24.465 para 12.088. Na centro oeste, caiu de 6.317 para 4.406, queda de 30%, enquanto na leste, a diminuição foi de 27%, passando de 16.508 na fila para 11.962. O único crescimento foi identificado na região sul, de 26,8%, onde subiu de 17.386 em espera para 22.056.

“Para se ter uma ideia, a média de espera para um ultrassom chegava até sete meses e agora, cerca de 50 dias. É uma evolução grande em relação ao cenário que tínhamos e o planejamento prevê ainda mais melhoras com mais hospitais Dia da rede Hora Certa”, disse.

Consultas

A fila de espera por consultas médicas especializadas também diminuiu nos últimos dois anos, no patamar de 9% em toda a cidade. Enquanto no fim de 2012, 353.181 consultas aguardavam a realização, em fevereiro de 2015, o número caiu para 321.338.

O tempo médio de espera também caiu em regiões diferentes nas 11 especialidades, que incluem desde acupuntura, dermatologia, neurologia, ortopedia ou otorrinolaringologia. Por exemplo, na região centro oeste, no final de 2012, um cidadão demorava em média 161 dias para ser atendido na consulta com um dermatologista e em fevereiro, o prazo passou para 40 dias. Na região norte, o prazo para o mesmo especialista caiu de 242 dias de espera para 34.

“Com a implantação de mais serviços, conseguimos não só diminuir a quantidade de pessoas esperando, mas também, dinamizar a fila. Hoje, a pessoa sai mais rápido da fila e como aumentou a oferta, a demanda também cresceu, mas o atendimento é mais rápido”, afirmou Albieri.

A queda mais significativa em relação a espera por consultas está na região norte, cerca de 45%, saindo de 73.834 em espera no fim de 2012 para 40.559 em fevereiro deste ano. Na região centro oeste, a queda foi de 38,8% passando de 14.823 em espera para 9.058. Na zona sudeste, a diminuição foi de 6,5%, caindo de 35.974 para 33.618. Na região sul, a queda foi menor, 1,5%, de 99.669 para 98.088. O único crescimento foi registrado na região leste, em 8,63%, passando de 128.881 em dezembro de 2012 para 140.015 em fevereiro de 2015.

Segundo o coordenador da atenção especializada da Secretaria Municipal da Saúde, além da carência de serviços na região, a oferta de serviços gerais da rede estadual para rede municipal diminuiu em cerca de 9% entre 2013 e 2014.

“A zona leste é a mais dependente do SUS em toda a cidade. Entregamos o Hospital Dia Itaim Paulista e agora em janeiro, a unidade de São Miguel Paulista. Mas, temos oito unidades em construção, além das sete já entregues e nossa expectativa é totalizar 15 até o fim do ano, aprimorando a oferta”, disse.


Cirurgias


O único crescimento de espera em serviços na cidade de São Paulo foi em relação às cirurgias, que aumentaram em 10,7%, passando de 56.912 procedimentos na espera em dezembro de 2012 para 63.024 em fevereiro de 2015. Os maiores aumentos foram nas regiões centro oeste, em 63%, saltando de 2.046 para 3.351 e na região sul, em 97%, passando de 11.233 para 22.206 procedimentos na fila. Nas outras regiões, foi registrada queda na espera, com a mais significativa na região sudeste, em 73%, passando de 6.685 para 1.801.

Segundo Albieri, apesar do aumento que historicamente vinha acontecendo ano a ano, a fila se estabilizou desde 2013 em cerca de 63 mil procedimentos em espera. Ele destaca que com os hospitais Dia em construção e outros equipamentos em obras, como o hospital de Parelheiros, a tendência é a queda. Atualmente, sete unidades do Hospital Dia estão em operação.

“Oferecemos mais consultas e exames do que antes, o que naturalmente cria mais demanda de cirurgias, porque aquelas pessoas que não teriam um diagnóstico e um encaminhamento, agora tem. Conseguimos estabilizar a fila de cirurgias que poderia crescer. Agora, a nossa expectativa é reduzi-la”, disse o o coordenador da atenção especializada da Secretaria Municipal da Saúde.

Fonte: Prefeitura de São Paulo
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