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Gilmar e Demóstenes: tá demais, hein ?

"Suspeição", "conflito de interesses", "ação entre amigos" ? Cadê o áudio ?
publicado 04/07/2014
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O Conversa Afiada reproduz análise sem áudio do amigo navegante Fausto Goethe – o Gilmar pensa que só ele sabe alemão …:

E o caso do Gilmar Mendes "devolvendo" emprego a Demóstenes ?

"Ação entre amigos ?"

Como diria o próprio, "tá demais, hein?"

Para você, PH,  que tem boa memória, segue a transcrição do grampo publicado pela "Veja", em que Demóstenes e Gilmar protagonizaram aquele diálogo republicano.

O primeiro revelado pela grande imprensa (sic) em que as duas partes grampeadas se saem bem na fita...

O primeiro, no mundo, sem áudio...

É um daqueles momentos edificantes.

Hoje sabemos que a história é uma fraude, como demonstrou o Rubens Valente, em “Operação Banqueiro”.

O grampo não existiu.

Era fruto das artimanhas do Carlinhos Cachoeira com o diretor de "Veja" em Brasília, Policarpo Jr., conhecido como “Caneta”.

Só que quem dançou foi o bravo e íntegro Paulo Lacerda, demitido por Lula depois de Gilmar ter chamado o presidente "às falas..."

Momentos que não esqueço.

Gilmar - "Está demais, não é, Demóstenes?"

Demóstenes - "Burrice também devia ter limites, não é, Gilmar?"

O probo Gilmar, o catão Gilmar... Ah, esse Caneta...


Assinado,

Fausto Göethe



O diálogo:


Gilmar Mendes - Oi, Demóstenes, tudo bem? Muito obrigado pelas suas declarações.

Demóstenes Torres - Que é isso, Gilmar. Esse pessoal está maluco. Impeachment? Isso é coisa para bandido, não para presidente do Supremo. Podem até discordar do julgado, mas impeachment...

Gilmar - Querem fazer tudo contra a lei, Demóstenes, só pelo gosto...

Demóstenes - A segunda decisão foi uma afronta à sua, só pra te constranger, mas, felizmente, não tem ninguém aqui que embarcou nessa "porra-louquice". Se houver mesmo esse pedido, não anda um milímetro. Não tem sentido.

Gilmar - Obrigado.

Demóstenes - Gilmar, obrigado pelo retorno, eu te liguei porque tem um caso aqui que vou precisar de você. É o seguinte: eu sou o relator da CPI da Pedofilia aqui no Senado e acabo de ser comunicado pelo pessoal do Ministério da Justiça que um juiz estadual de Roraima mandou uma decisão dele para o programa de proteção de vítimas ameaçadas para que uma pessoa protegida não seja ouvida pela CPI antes do juiz.

Gilmar - Como é que é?

Demóstenes - É isso mesmo! Dois promotores entraram com o pedido e o juiz estadual interferiu na agenda da CPI. Tem cabimento?

Gilmar - É grave.

Demóstenes - É uma vítima menor que foi molestada por um monte de autoridades de lá e parece que até por um deputado federal. É por isso que nós queremos ouvi-la, mas o juiz lá não tem qualquer noção de competência.

Gilmar - O que você quer fazer?

Demóstenes - Eu estou pensando em ligar para o Procurador-Geral de Justiça e ver se ele mostra para os promotores que eles não podem intervir em CPI federal, que aqui só pode chegar ordem do Supremo. Se eles resolverem lá, tudo bem. Se não, vou pedir ao Advogado-Geral da Casa para preparar alguma medida judicial para você restabelecer o direito.

Gilmar - Está demais, não é, Demóstenes?

Demóstenes - Burrice também devia ter limites, não é, Gilmar? Isso é caso até de Conselhão.

(risos)

Gilmar - Então está bom.

Demóstenes - Se eu não resolver até amanhã, eu te procuro com uma ação para você analisar. Está bom?

Gilmar - Está bom. Um abraço, e obrigado de novo.


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