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Collor quer saber quem vaza ! Enfim, alguém ...

Collor desafia a Veja e a PF do zé ...
publicado 26/05/2014
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O Conversa Afiada reproduz o discurso que o Senador Fernando Collor pronunciou da tribuna do Senado.

Sobre o detrito sólido de maré baixa já se sabe do que é capaz.

Agora, enfim, alguém toma uma providencia, de publico, para saber quem vaza  a Operação Lava Jato !

Ou o que se auto-intitula "informação" da Lava Jato !

Porque, como se sabe, o Conversa Afiada já disse ao ministro da Justiça que também quer vazar !

A íntegra do discurso:

O SR. FERNANDO COLLOR (Bloco União e Força/PTB - AL. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Exmº Sr. Senador Presidente desta sessão, Paulo Paim – meus agradecimentos iniciais, Sr. Presidente, pela permuta na escala de oradores –, Srªs e Srs. Senadores, os meios voltam a me atacar e, como sempre, a manipular a notícia de acordo com suas conveniências, seus objetivos e, principalmente, com seu inconformismo. Voltam, também, a aplicar a velha tática de transformar o fato isolado em principal e o principal, que é de maior relevância, em mero detalhe. E, claro, decana – e bota decana nisso – da turma midiática que confunde liberdade de imprensa com denuncismo irresponsável, sempre em benefício deste segundo, a revista Veja volta à carga com suas miasmáticas matérias.

Esse minguante semanário, protagonista de um dos principais crimes jornalísticos da recente história do Brasil, em que um de seus editores se envolveu umbilicalmente com um contraventor sob a pseudo tutela do segredo da fonte, vem, agora, denunciar o indenunciável.

Refiro-me ao indenunciável pelo simples fato de se tratar de mais uma desmesurada tentativa de criminalização de quem não cometeu a aludida ilegalidade. Mais uma vez – mais uma vez –, julgam de forma atabalhoada e, pior, querem condenar antecipadamente, aplicando de vez o temerário e chamado jornalismo declaratório.

Digo isso, Sr. Presidente, com a consciência tranquila, serena, e com a certeza de que nada se clarifica naquilo que a revista reporta.

E falo também com a convicção de que este embuste midiático – mais um – tem como pano de fundo o inconformismo, a revolta e a sordidez de um veículo de comunicação, que se diz responsável, mas que não se conforma em ouvir a verdade e, menos ainda, perder processos na Justiça.

Antes de mais nada, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, devo antecipar que alguns aspectos dessa nova tentativa de desqualificação merecem algumas revelações e, sobretudo, uma profunda e isenta reflexão por parte daqueles que querem chegar à verdade.

Vamos aos fatos:

Desde 2007, quando entrei com uma ação na justiça contra a Veja e contra a Editora Abril, ela vem tentando fazer de nossos tribunais uma autêntica chicana. Em que pese retardar, a verdade é que a Justiça não falha. A Editora da Veja, depois de usar de todos os artifícios e recursos jurídicos para procrastinar a decisão, está sendo obrigada a me indenizar, por mentiras e má-fé, desde o final de 2013, em mais de 1 milhão de reais. Para ser mais preciso, inicialmente, R$962 mil, já depositados e que, reajustados hoje, perfazem R$1.077.671,00 e agora, esta semana, também reajustados pelo tempo decorrido, mais R$332.226,83, chegando a R$1 milhão e 400 mil.

Repito, Sr. Presidente Paulo Paim, a Veja foi obrigada, por condenação na Justiça, a me indenizar em um R$1 milhão e 400 mil, a maior indenização em nossa história já paga por um meio por perdas e danos morais motivada por crimes de calúnia, injúria e difamação.

Eis aí, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a revolta, a indignação e o inconformismo que geraram novo ataque, novas mentiras e novas tentativas de me afetar. E aqui chamo a atenção para a sequência dos fatos e acontecimentos. Em abril deste ano, após a condenação da Veja pela Justiça na ação que movi, ela veio com a denúncia do depósito de um cheque de R$8 mil em minha conta, produto de um suposto e mirabolante esquema de origem e intermediação que, diga-se, nem ela própria soube entender e menos ainda explicar ao seu próprio leitor.

Agora, em maio, depois de minha completa e irreversível absolvição pelo Supremo Tribunal Federal, os meios em geral, e particularmente a Veja, inconformados, desiludidos e sem querer aceitar a realidade da história que precisa ser recontada e reescrita, retornam àquele fato, desta feita apontando montante ainda maior em vários depósitos bancários.
Primeiro: na edição de abril, a revista traz a informação de apenas um depósito no valor de R$8 mil. Ora, quem teve acesso à informação do referido comprovante certamente também teve acesso ao restante dos depósitos agora alegados. O que se questiona é: por que divulgaram, àquela altura, tão somente a informação de um único depósito se todos os comprovantes foram certamente encontrados juntos? Como pode, em uma história de suposto interesse jornalístico, reportar o fato de forma incompleta? Qual foi, afinal, a intenção de omitir as demais informações que, agora, eles mesmos apresentam? Convenhamos, Sr. Presidente, que é inimaginável que uma fonte jornalística não prestasse por completo tal informação.

É óbvio que a opção de reter parte daquilo a que se teve acesso foi da própria revista. E aqui cabe perguntar: por quê? Por quê? Qual o motivo de informar determinados fatos aos poucos ou por partes? Qual o motivo? A resposta fica à reflexão e ao critério da consciência de cada um.

Segundo: por que, na primeira reportagem, a da edição de abril, a revista alegou que se tratava de repasse feito por um banco – expressão usada pela revista – clandestino – banco clandestino! – e por intermédio de um ex-diretor da Petrobras, sendo que, agora, não confirma nada disso e nem sequer justifica ou faz referência àquelas intermediações? Era uma elucubração, uma mera invenção ou uma irresponsável e tendenciosa dedução? Ou será que agora há uma nova versão que procura, novamente, omitir? Por que a mudança de postura, de argumentação? A resposta, do mesmo modo, fica à reflexão e ao critério da consciência de cada um.

Terceiro: se somente agora, dia 22 de maio, o Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Dr. Sergio Fernando Moro, informou oficialmente sobre os depósitos ao Ministro do Supremo Tribunal Federal, Dr. Teori Zavascki, pergunto: a quem coube, então, o vazamento, em abril, da primeira informação acerca do depósito de R$8 mil que levou a Veja a publicar aquela matéria? O acesso à informação se deu dentro da lei? E, novamente, por que o seletivo vazamento se deu parcialmente, de forma incompleta? A quem interessava vazar e, mais ainda, reter outras informações? Novamente, a resposta fica à reflexão e ao critério da consciência de cada um.

Quarto: desde a primeira reportagem da Veja, ficou clara a intenção da tentativa de vincular meu nome à chamada operação Lava Jato da Polícia Federal. É isso que eles querem, é isso que eles estão loucos para que se comprove e vão novamente levar uma tunda para se arrepender o resto da vida. Como sempre, levantaram suspeitas, camuflaram informações, emitiram insinuações e, pior, fizeram acusações.

Pois bem, Sr. Presidente, o principal teor do expediente do Juiz Sergio Moro ao Ministro Teori Zavascki, foi sua taxativa declaração de que não há qualquer envolvimento meu nos oito inquéritos da Polícia Federal vinculados àquela operação. Repito aqui – e isso é de fundamental importância e merece realce – as exatas palavras do Juiz Sergio Moro – abro aspas–: “Observo que não há qualquer indício do envolvimento do referido parlamentar [o referido Parlamentar sou eu] nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas.” – fecho aspas. Vou repetir as exatas palavras do Juiz Sergio Moro – abro aspas novamente –: “Observo que não há qualquer indício do envolvimento do referido parlamentar nos crimes que já foram objeto das aludidas oito ações penais propostas.” – fecho aspas. Assim, cabe indagar: por que o destaque da notícia como um todo não foi exatamente a prova de que não tenho nada a ver com aquele suposto esquema, se era essa a dúvida levantada pelos meios? Por que escamotearam essa informação absolutamente crucial para o deslindar desse processo? Se, antes, a suspeita era exatamente esta, por que agora não desmentem com o mesmo destaque?


Afinal, foi o juiz Sérgio Moro quem se debruçou sobre os autos. É ele quem mais conhece os fatos, os inquéritos, as investigações e tudo o que se descobriu desse suposto esquema. E é ele mesmo quem afirma que não há qualquer indício do meu envolvimento. Portanto, não sou alvo de nenhuma investigação, menos ainda suspeito naqueles inquéritos embusteiros da Veja.

Quinto: em toda essa história de depósitos, há uma série de dúvidas que merecem ser levantadas e refletidas.

A primeira delas. Segundo a revista, os depósitos foram feitos de modo a – abro aspas – "não deixar rastros" – fecho aspas. Ora, o simples fato de ter sido feito depósito em conta corrente, com respectivo comprovante e registro no extrato bancário, já não configuraria o rastro alegado? Quem é que agiria subterrânea e ilegalmente, ou. seja, por má-fé, desta forma? Não há sentido, Sr. Presidente.

É por demais estranho todo o procedimento adotado nos supostos depósitos e que a própria revista faz questão de ressaltar e demonstrar. E ela diz: depósitos em dinheiro vivo, fracionamento do montante total, valores abaixo de R$10 mil, tudo supostamente com o cuidado do depositante (Risos.) – é uma piada. Desculpe-me, Sr. Presidente – para não chamar a atenção das autoridades. E mais: pelos fac-símiles da própria matéria, percebe-se que cada um dos depósitos foi feito em agências distintas e todos no mesmo dia 3 de maio. Quanto cuidado, Sr. Presidente! Mas a troco de quê? Ora, a partir do momento em que se retira um comprovante com data, agência, valor depositado e que permite identificar o destinatário, na prática, nada disso teria sentido. O tal rastro a que se refere esse hebdomadário já estaria configurado.

É tão aviltante e exagerada a esquipática manobra aludida pela revista, que pode gerar desconfiança pelo lado inverso, ou seja, que a intenção teria sido exatamente a de deixar provas, mas com contornos de precauções para dar mais autenticidade ao ato ilegal. E, nesse caso, de quem seria o interesse nisso? Quem de fato efetuou os depósitos, se não há qualquer identificação do depositário, a não ser do local onde foram encontrados os comprovantes, segundo a Polícia Federal?

3. Por fim, alguns meios divulgaram depósitos nos meses de fevereiro, março e maio. Outros, no período de 2 a 5 de maio – que aqui inclui até um final de semana, dias 4 e 5 –, enquanto a Veja mostra datas apenas no dia 3 de maio. De certo, há nítidos conflitos de informação das próprias notícias, o que denota que não houve a devida apuração dos meios ou, simplesmente, não há veracidade nos atos reportados.
O fato, Sr. Presidente, é que tudo precisa ser bem esclarecido, no seu devido tempo, e no seu devido lugar. Por isso, estou providenciando uma consulta oficiai à Polícia Federal, ao juiz Sérgio Moro, da13ª Vara Federal em Curitiba, e ao Ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, no sentido de ter acesso aos documentos e a todas as informações que me dizem respeito, a começar pela exata descrição de como, por quem e em que condições foram achados e vazados os ditos comprovantes.

Somente de posse de dados mais concretos poderei ainda, com maior detalhamento, falar desta tribuna. Afinal, não convém, de forma prematura, alimentar uma contenda contra um veículo cujo objetivo é tão somente me acusar, me julgar, me denegrir e tentar me condenar junto à opinião publica.

Não é de hoje, inclusive, que venho chamando a atenção para esse verdadeiro factóide que se diz uma revista séria. Seu modus operandi já é tão conhecido que só causa espécie aos incautos. A mim, por mais que tentem demonstrar imparcialidade e direito a explicações, sequer me dou ao trabalho de atendê-los, pois a arena que eles entendem é a dos tribunais.

Por fim, devo esclarecer, Sr. Presidente, que, quanto ao principal personagem alvo da investigação, o Sr. Alberto Youssef, posso afirmar, de forma e de modo categóricos, que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento de ordem pessoal ou política. O mesmo afirmo em relação ao Sr. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Quanto ao Sr. Pedro Paulo Leoni Ramos, conheço-o. Foi Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos quando exerci a Presidência da República. Mantenho com ele e a família, há mais de 30 anos, relação de amizade e respeito.

Era o que tinha a dizer, por enquanto, por enquanto, Sr. Presidente Paulo Paim, Srªs e Srs. Senadores.

Muito obrigado.


Em tempo:
na verdade, o Padilha, que vem aí de jaleco branco para infernizar o Alckmin, pediu ao zé da Justiça para apurar quem vazava contra ele. Até agora ... Vamos ver se diante de um senador da República, sereno e suave como o Collor, o zé anda mais rápido. Ou o zé quer acabar como o Gurgel - que não pode ver o Collor pela frente ?