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De Sanctis ainda luta contra o “crime organizado”

Essa história não vai acabar assim ...
publicado 20/05/2014
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Nesta quarta-feira, dia 20, na FIESP, de manhã, o Desembargador Fausto Martin De Sanctis vai falar sobre o “colapso massivo dos poderes” (do “blecaute” político-institucional).

Também sobre o estigma que hoje deve marcar nosso país: o de se tornar progressivamente uma sociedade violenta e em permanente desobediência civil.

A expressão “crime organizado internacional” – dirá ele - não significa algo abstrato e longe dos brasileiros, mas, sim, aquilo que nos rodeia e tenta, agora, lastrear suas ações em outros países, quando não se valer do Brasil, “reconhecido por sua triste incapacidade de detê-lo".

Na Controladoria Geral da União, na quinta-feira, em Brasília, De Sanctis vai tratar da “corrupção em países em desenvolvimento”.

“Nos países em desenvolvimento, dentre algumas causas, a corrupção é reflexo da fraqueza das instituições, enquanto que, nos países desenvolvidos, deve-se ao uso indevido delas.”

De Sanctis mostrará, também,  que “a persistência da corrupção de altíssimo grau só pode ser atribuída a certa tolerância ou descaso institucional, além da assimetria de coordenação entre os que devem combatê-la; daí, o desânimo geral e a reação social pouco persistente.”

Enquanto isso, De Sanctis trabalha no Tribunal Regional Federal-3.

Ele veio da Justiça Federal que julga crimes de colarinho branco, quando prendeu duas vezes Daniel Dantas e, por duas vezes, suas decisões foram revistas, num intervalo de 48 horas, por dois HCs Canguru expedidos por Gilmar Dantas (*).

A Operação Satiagraha, que orientou essas decisões de De Sanctis, está para ser legitimada no Supremo, quando votar o RE 680967.

Nenhum Juiz brasileiro foi tão perseguido quanto De Sanctis, por causa, EXCLUSIVAMENTE, de ter mandado Dantas para a cadeia (duas vezes).

Basta ler “Operação Banqueiro”, para constatar que “sem Gilmar não haveria Dantas”.

Foi alto o preço que De Sanctis pagou por seu destemor.

Mas, ele não desiste.

Continua, quando pode, a se dedicar ao combate profissional, técnico, ao crime organizado, ao crime do colarinho branco.

Veja, amigo navegante, que na American Bar Association De Sanctis é  a voz de um especialista.

Aqui, ele cuida, com extremo zelo - de 13.500 processos, quando iniciou em 2011, hoje o gabinete possui 8.500 - de litígios de aposentados com a Previdência.

Mas, esse não é o fim dessa história.


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para ver como outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.