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Pasadena: os pingos nos "i"

Como o investimento não feito, a Cláusula se tornou inócua.
publicado 20/03/2014
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O Conversa Afiada conversou com alguém – que não é da Petrobras nem do Governo – e que conhece a operação da compra da refinaria de Pasadena.

(Clique aqui para ler entrevista com Sergio Gabrielli sobre a compra de Pasadena, originalmente publicada em em 6/08/2013.)

“A Presidenta Dilma fez pequena confusão.

“Put option” é uma cláusula comum em aquisições.

(Estabelece que uma das partes compre a outra em caso de divergência.)

A “Cláusula Marlin” - o retorno de 6,9% sobre o investimento -  pressupõe que o investimento tenha sido feito.

Como não foi feito investimento, a cláusula se tornou inócua.

(A “Cláusula Marlin" garantia à sócia belga um lucro de 6,9% ao ano, depois de feito o upgrade na Pasadena.)

Dilma confundiu os dois momentos.

O da compra, decidida por unanimidade no Conselho da Petrobras que ela presidia.

Confundiu a aquisição com a decisão de investir, a ser tomada um ano depois.

Gabrielli decidiu que, com a “Cláusula Marlin” e diante das condições de mercado vigentes, não faria o investimento do upgrade da refinaria.

E foi para a Justiça.

E perdeu.

Foi feito um acordo na Justiça em que a Petrobras indenizou a antiga sócia.

A gestão Gabrielli não gastou um tustão.

Os pagamentos começaram em 2012, quando ele já estava fora da Petrobras.

Gabrielli só brigou na Justiça com a belga Astra Oil.”

Logo, a situação de Gabrielli é tranquila, ponderou o ansioso blogueiro.

“Se você considerar tranquilo o apedrejamento de 29 minutos no jornal nacional e mais 57' no jornal da Globo...”, respondeu o interlocutor.

“Bem, aí é culpa do Partido do Gabrielli, que não criou alternativa à Globo ...”

E pano rápido.


Paulo Henrique Amorim