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“Opinião pública”. Cada qual tem a sua

Moreira: é a ideologia que faz o Direito ?
publicado 16/09/2013
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O ansioso blogueiro, depois de imerecidas férias, se permite relembrar impecável síntese de Mauricio Dias, na imperdível “Rosa dos Ventos”, da Carta Capital.

Com a elegância que falta ao ansioso blogueiro, ele se refere à Globo Overseas Investment BV e ao Ataulfo Merval de Paiva (*), autor do epíteto “Gilmar Mentes”, como “mídia nativa”.

Aqui, às vezes, chamada de PiG (**).

Essa pressão é reacionária


Ministros do STF pretendem acreditar em algo que, no caso, não existe: a “opinião pública”. Existe é a mídia nativa

(…)

Impressiona  a facilidade com que os ministros conservadores (mais notoriamente Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Gilmar Mendes) punham e dispunham sobre a situação. “O que justifica a existência do STF é a defesa aos direitos fundamentais”, alerta o advogado Luiz Moreira, do Conselho Nacional do Ministério Público. “Num país onde a tradição jurídica desprezou rotineiramente os direitos fundamentais, em que o STF convalidou todas as ditaduras, não se pode afastar a possibilidade de esse tribunal se constituir como instituição que se guia pela aplicação do direito a partir de escolhas ideológicas”, alerta Moreira.

Navalha

Diria o ansioso blogueiro: “opinião publica” funciona, no Brasil, mais ou menos como “improbidade administrativa”.

Quando o administrador público é petista – ou aliado a petista – a “improbidade” abunda.

Quando é tucano – seja o clã Cerra ou o Príncipe de Privataria, aqui homenageado com várias “pérolas” - o brindeiro Gurgel e o TCU preferem relevar...

Não deixe de ler sobre a sessão de cinema na TV Justiça, quarta-feira.

E o Ataulfo, agora, deu para atacar o próprio Supremo.

 

Paulo Henrique Amorim

 




(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.