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FHC expõe o ódio a Lula e ao Brasil

Um safado, preguiçoso que explora os que vivem no mato - que ódio, meu !
publicado 04/08/2013
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Da pág. 16 da edição nacional do Globo (daquela empresa que não paga à Receita), artigo do Farol de Alexandria – aquele que iluminava a Antiguidade e se desfez num terremoto chamado “Lula” - tem o título “Cartas na Mesa” (originalíssimo !, aliás).

Naquele estilo besuntado de colesterol, que levou o New York Times a dispensá-lo, ele se propõe a dar um “basta à corrupção” e “a falsas manias de grandeza”.

O Tartufo esquece que governou o Brasil – “um mato” … - durante oito sombrios anos, e que presidiu a Privataria.

Depois de avisar que “saí do Brasil”- ele esteve sempre fora do Brasil, agora, na Avenue Foche – diz que Lula, “líder supremo” do “lulo-petismo”, “como Macunaima aconselhou a presidenta a fazer oposição a si mesma”.

Agora Imortal, da Academia das Letras (porque, se fosse dos Números, lá não entrava) ele se deu a recorrer à literatura.

Deu-se mal.

Porque expressou um ódio insuperável ao Lula, que o superou, e ao Brasil, que o ignora.

Perceba, amigo navegante, o despeito e o menosprezo com que ele se refere à liderança do Lula e seus liderados (os habitantes do mato …).

Navalha

Sobre Macunaíma:

“Preguiçoso, egoísta, safado, inteligente, capaz de exercer influência sobre todos à sua volta.”

Assim é Macunaíma, o Imperador do Mato

Macunaíma O Herói sem Nenhum Caráter Mario de Andrade, 1928 Capitulo 1

No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: If. Ai! que preguiça!. . . e não dizia mais nada." Ficava no canto da ma loca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos gozados por causa dos guaimuns diz que habitando a água doce por lá. No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. (...) Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar. Nas conversas das mulheres no pino do dia o assunto eram sempre as peraltagens do herói. As mulheres se riam muito simpatizadas, falando que "espinho que pinica, de pequeno já traz ponta", e numa pagelança Rei Nagô fez um discurso e avisou que o herói era inteligente.

Nem bem teve seis anos deram água num chocalho pra ele e Macunaíma principiou falando como todos. (…)

 




Paulo Henrique Amorim (com Mario de Andrade, que seria fã do Farol...)