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Função do Eduardo é tirar Dilma da tevê

Como o PiG interdita a Dilma, a única chance que ela tem de expor as realizações e se defender é no horário eleitoral gratuito.
publicado 26/02/2013
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O Ataulfo Merval de Paiva (*) é a biruta do aeroporto da Casa Grande.

No livro “O Brasil” do Mino Carta tem um comentarista do Globo e da Globo que dispensa ler os editoriais do Dr Roberto.

Basta ler o que ele escreve para saber o que o patrão quer.

E, como diz o Mino, no Brasil “os jornalistas são piores que os patrões”.

(Como se chamaria o Aeroporto da Casa Grande ? “Aeroporto Internacional Dr Roberto”. Não ficaria bem ? Seria construído na praia de Itacaré, no Sul da Bahia, onde a Bláblárina defende o “meio” e o “um e meio” ambiente.)

Se a Urubóloga é a biruta que indica o caminho do neolibelismo (**) pátrio, o Ataulfo é a biruta que indica o rumo do Golpe Paraguaio.

Foi ele quem antecipou decisões do STF, escalou juízes e fixou a hora do julgamento do mensalão (o do PT) para que o Dirceu fosse degolado enquanto o eleitor paulistano fosse para a cabine escolher entre o Padim e o Haddad.

Na colona (***) desta terça-feira, no Globo (o 12º voto no Supremo), o Ataulfo dá o serviço.

De forma cristalina, solar:

“Quanto mais candidatos, menos tempo de TV para o PT e mais chance de a disputa ir a segundo turno”.

O amigo navegante já sabe que a Dilma tem metade do tempo de tevê para 2014.

Qual é a estratégia do Golpe Paraguaio ?

(Já que a Globo não ganha eleição: dá Golpe.)

Tirar tempo da Dilma !

Como ?

Com a candidatura do Eduardo Campos.

Essa é a serventia dele, segundo o PiG (****).

Como o PiG (****)  bloqueia a Dilma, a única chance que ela tem de expor suas realizações e se defender é no horário eleitoral gratuito.

A única.

Quem não concorda com a serventia do Eduardo é o Ciro Gomes, que prevê a vitória da Dilma no primeiro turno.

Veja, amigo navegante, como a biruta do “Aeroporto Dr Roberto” é afiada: leva a eleição para o segundo turno e, depois, o Gilberto Freire com “i” (*****) chama o perito Bolina para ganhar a eleição no Supremo.

Assim como fez com a bolinha de papel que provocou dano irreparável na cabeça (e na imagem) do Padim.

E, em 2006, quando ignorou o desastre da Gol para levar a eleição do Lula ao segundo turno.

O Golpe é simples.

O Manual está pronto.

E o Supremo também.

Como no Paraguai.


Paulo Henrique Amorim


(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (****) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(****) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(*****) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro "Não somos racistas", onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com "ï". Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com "i".