Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / 2013 / 02 / 05 / Collor processa Gurgel por compra de tablets

Collor processa Gurgel por compra de tablets

Os senadores precisam estar “muito atentos” (ele disse duas vezes), “muito atentos para o que está escondido nesta esguelha manobra do Procurador Geral” de querer ir pra cima do Lula
publicado 05/02/2013
Comments



 

O Senador Fernando Collor encaminhou à nova mesa do Senado, agora presidida por Renan Calheiros – que derrotou o PiG (*) e o Gurgel por 56 a 18- , a terceira representação contra quem chamou de “ímprobo, prevaricador, chantagista” e autor de crimes de responsabilidade administrativa.

Este foi o primeiro discurso da primeira sessão legislativa ordinária.

Gurgel abre o Senado de forma gloriosa.

Collor quer processar Gurgel pela compra “escancaradamente dirigida” de 1.200 tablets da marca Apple, no valor de R$ 3 milhões.

A marca “Apple” foi, como diz Collor, “nominalmente mencionada no edital do certame”.

Certame, aliás, realizado no “apagar das luzes, às 16h30' do dia 31 de dezembro de 2012” !

( A denúncia foi feita pelo blogueiro sujo Renato Rovai, no Blog do Rovai: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/01/29/e-ai-gurgel-e-o-mensalao-da-apple/ )

Collor relembra que que já fez sete representações contra Gurgel, inclusive no âmbito do Senado, e Gurgel jamais respondeu a elas.

Collor relembrou que Gurgel tenta impedir a nomeação de um membro da Corregedoria do Ministério Público, ao mesmo tempo em que defende o direito de o Ministério Público investigar.

Collor acha “preocupante”, porque parece conter elemento “que ainda não se revelou completamente”, a tentativa de Gurgel de ir para cima do Lula, em São Paulo com uma gravação do Valeriodantas.

Os senadores precisam estar “muito atentos” (ele disse duas vezes), “muito atentos para o que está escondido nesta esguelha manobra do Procurador Geral”.

Oblíqua também foi a tentativa, segundo Collor, de Gurgel interferir na escolha do Presidente do Senado – clique aqui para ler “Gurgel quis se proteger com Taques”.

Como se sabe, depois de dois anos “com o processo estrategicamente estagnado sob sua poltrona”, disse Collor, Gurgel, na semana anterior à eleição, encaminhou denúncia contra Renan ao Supremo.

E, no dia da eleição, como acontece frequentemente na Procuradoria Geral da República sob Gurgel – lembrou Collor -, “vazou” para para a imprensa investigação que corria sob segredo (sic) de Justiça !

(Clique aqui para ler “por que só a Globo teve acesso à investigação do Gurgel contra o Renan ?”)

Gurgel deu a desculpa de ter ficado muito tempo a trabalhar no julgamento do mensalão, que a Hildergard chama de “mentirão.”

Pergunta Collor: e o que faziam os outros SESSENTA subprocuradores ?

“Barganha”! , “chantagem”! - diz Collor.

Nada disso adiantou, porque Renan, contra “os meios” e o Gurgel, se elegeu pelos que detêm “a legitimidade do voto popular”.

Outra peripércia de Gurgel, segundo Collor, foi tentar prender o Genoíno e o Dirceu DEPOIS que se encerrou a atividade regular do Supremo Tribunal para 2012.

Antes, portanto, que se concluísse o devido processo legal – ele desprezou, portanto, “as regras mais elementares do Direito”.

Collor lembrou o argumento de Gurgel para apressar a decisão sobre Dirceu e Genoíno: o prazo dos recursos é “excessivamente longo”.

“Logo ele, que excede todos os prazos de investigação sob sua guarda”, como fez com Demóstenes e Cachoeira.

Este é o homem que quer ir pra cima do Lula (em São Paulo, onde há mais tucanos que em Brasilia).

Clique aqui para ver o que Lula disse aos jovens dominicanos.

Este foi o Procurador Geral que condenou sem provas.

Ou com “provas tênues”, como ele próprio disse.

Clique aqui para ler “Globo que fechar o Congresso”.

Viva (a Justiça d)o Brasil !

Paulo Henrique Amorim