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Milícias controlam hiper-mercado da droga na Chuíça (*)

Costuma-se dizer que não é preciso ter brigas porque há espaço para todos. A milícia de PMs teria tentado cobrar pelos caça-níqueis na favela de Paraisópolis, no bairro do Morumbi, considerada o principal “hipermercado” da cocaína na capital pela proximidade com os consumidores mais ricos.
publicado 02/11/2012
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Saiu no Globo:

Milícia disputa com traficantes controle de caça-níqueis em SP



SÃO PAULO - Uma disputa entre dois grupos pela cobrança de propinas na operação de máquinas caça-níqueis pode estar por trás da onda de violência na Grande São Paulo. De um lado, a facção que domina os presídios paulistas. De outro, uma milícia formada por policiais militares (PMs) aposentados e da ativa, criada inicialmente como grupo de extermínio e que, agora, tenta dominar territórios, a exemplo da facção, numa das atividades mais tradicionais da corrupção policial: o jogo do bicho e os caça-níqueis.

O principal negócio da facção é o tráfico de drogas, cujo movimento é estimado em R$ 6 milhões por mês. Porém, os caça-níqueis se tornaram rentáveis, e a propina aumentou de R$ 50 para R$ 400 por mês em menos de um ano, o suficiente para atrair concorrência. A briga pelos jogos de azar foi relatada ao GLOBO por um agente público ameaçado de morte pelos bandidos. A Secretaria de Segurança Pública informou que desconhece a existência da milícia. Uma fonte do alto escalão do governo, porém, confirmou o conhecimento do grupo e a investigação sobre ele pelas execuções dos últimos dias.

A facção paulista domina extensas áreas da periferia. Vende drogas e oferece à população promessa de segurança. Seus líderes ditam as regras e impedem assaltos de bandidos avulsos e drogados, que roubam para sustentar o vício. Se alguém desobedece, é punido. Quando a facção domina um bairro, faz chegar a todos que, daquele momento em diante, qualquer assalto ou ato violento deve ser comunicado ao grupo, não à polícia. Assim, impõe a lei do silêncio. Como oferece segurança ao comércio local, alguns líderes da facção decidiram que cabe a ela, portanto, receber pela operação das máquinas caça-níqueis.

Em São Paulo, costuma-se dizer que não é preciso ter brigas porque há espaço para todos. A propina do jogo de azar é paga tradicionalmente a policiais civis corruptos. De olho em áreas rentáveis, a milícia de PMs teria tentado cobrar pelos caça-níqueis na favela de Paraisópolis, no bairro do Morumbi, considerada o principal “hipermercado” da cocaína na capital pela proximidade com os consumidores mais ricos. Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, apontado como integrante da facção e com poder justamente em Paraisópolis, foi preso em Itajaí (SC), em agosto, acirrando os ânimos.

(…)

Navalha

O PiG (**) da Chuíça não publicaria uma reportagem dessas.

Reconhecer que há milícias em São Paulo.

E que o bairro mais rico da cidade, o Morumbi, onde fica o Palácio do Governador, é exatamente o hiper-mercado da droga … isso jamais um tucano admitiria.

Clique aqui para ler “10 mortos. Tucanos odeiam as UPPs”.

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Chuíça é o que o PiG (**) de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.