(Collor de) Mello tira a toga e vota X Lula
O Conversa Afiada reproduz trecho valioso da seção "Rosa dos Ventos", de Mauricio Dias, na Carta Capital.
Não deixe de ler o Mauricio, quando se pergunta se o Supremo, guardião da Moral e da Ética, vai meter a mão " na capital da Caixa Dois, a Belo Horizonte tucana ".
Não de ler também sobre Lula e "Qual dos safos é o safo do Ministro (Collor de) Mello "
Tragicômico
Cai a toga
O ministro Marco Aurélio Mello esperou a cena final do julgamento do “mensalão” para buscar o destaque que julgava merecido e não lhe era atribuído.
Assim, com o furor de “injustiçado”, montou um palanque imaginário e sob o foco da televisão tirou a toga e desnudou o objetivo político do voto que deu.
Falou para eleitores do 2º turno das eleições municipais.
Ele atacou o “abandono de princípios e a perda de parâmetros” na última década do país. A década de Lula.
Isso facilitou julgar o “mensalão” como o maior escândalo da República.
O corte no tempo foi calculado. Em 1992, o primo dele, Fernando Collor, foi apeado da presidência, com participação intensa dos petistas, acusado de corrupção.
Collor deu a ele a cadeira no Supremo. É explicável a retribuição.
Marco Aurélio não conhece a história do Brasil ou administra a memória em causa própria. Talvez por ambas, esqueceu-se das infâmias históricas, orquestrada pela UDN (o PSDB de então) e executada pela mídia em nome da moralidade. Foi o caso do “mar de lama” que, em 1954, levou o presidente Vargas ao suicídio.