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Pagot não é Jefferson e poupa Bernardo

Uol: "Acusado de corrupção, diretor do Dnit diz que está de férias e isenta Paulo Bernardo"
publicado 12/07/2011
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Saiu no Uol:

 

Acusado de corrupção, diretor do Dnit diz que está de férias e isenta Paulo Bernardo


Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília

Envolvido em suspeitas de superfaturamento de obras para abastecer o PR, o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), Luiz Antônio Pagot, afirmou nesta terça-feira (12) em depoimento no Senado que está "em situação de férias" apesar do afastamento de toda a cúpula do Ministério dos Transportes por conta das denúncias.


Ele também disse que não há "uma só palavra a respeito do ministro Paulo Bernardo" que tenha saído dele. Pagot chamou de "invencionice" e "factoide" as informações de que ele acusaria o ministro das Comunicações de pressionar o Dnit por obras que ajudariam na eleição da presidente Dilma Rousseff.


"Ele nunca me exigiu, nunca me pediu nada. Nem para Londrina, que é a cidade dele", afirmou. Pagot disse que, como ministro do Planejamento, Bernardo sempre foi muito exigente e não dava folga para ninguém.


(...)

NavalhaO depoimento de Pagot no Senado teria dois únicos efeitos políticos:

- implicar o Ministro do Planejamento que liberava as verbas para o Ministério dos Transportes, Paulo Bernardo;

- detonar a filiação do PR à base de apoio ao Governo no Congresso;

A Presidenta Dilma ganhou nos dois quesitos.

Pagot inocentou Bernardo e o PR obedientemente apóia o Governo.

Salvo chantagens pontuais, como as do PMDB.

O que não significa, evidentemente, que o Pagot, o Ministério dos Transportes e o do Planejamento tenham tido, sempre, relações transparentemente castas.

Mas, essa é outra história.

Pagot não é Roberto Jefferson.

E o PiG (*) vai ter que trabalhar mais.


Paulo Henrique Amorim

 

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.