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Desabafo de professora, doutora de Serra que ganha R$ 900 por mês

publicado 29/03/2010
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O Conversa Afiada reproduz o email de amiga navegante professora:Olá PauloSou professora efetiva da rede pública e doutora em Fisiopatologia em Clínica Médica.Enquanto o José Serra sai do Governo de SP para não conversar com os professores, ele manda a Polícia nos receber com truculência e agressividade. Me senti uma bandida e não uma pessoa tentando uma audiência com as autoridades para requisitar os seus direitos.Eu não posso imaginar q esse seja o mesmo José Serra q participou da UNE e foi exilado por lutar pela democracia. O mesmo ex-membro da UNE agora manda atacar professores e alunos q estavam apenas com "flores" nas mãos.Infelizmente, acho q a música de Geraldo Vandré "Pra não dizer que não falei das flores" caberia muito bem atualmente no governo de SP.É isso, o desabafo de quem não aguenta mais tantas mentiras.Enquanto o Serra diz na TV que estimula o aperfeiçoamento de professores, eu tive que fazer meu doutorado sozinha, trabalhando 3 dias na semana e ganhando apenas 900,00 por mês. Tentei no início um afastamento com as tais prometidas bolsas da secretaria da educação, mas nunca podia nem chegar à seleção das mesmas, pois eu me encontrava sempre em categorias que não seriam contempladas.E essas categorias nem eram relacionadas a currículo, pois considero o meu bom: estudei o Ensino Fundamental e o Médio em escolas públicas, fiz graduação em Ciências Biológicas pela Unesp e Doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu.Bom, na época da defesa tentei um afastamento curto (1 semana q fosse) pra apenas preparar minha aula com calma, porém descobri q isso era impossível. Inclusive tive q arcar com a falta no dia da defesa, nem nesse dia tive direito a faltar. Mas consegui, por méritos meus é claro. A única coisa q me dá aversão é ouvir essas propagandas enganosas em relação ao seu incentivo ao aperfeiçoamento de professores.Ah, sobre a prova de mérito para aumento de salário, eu passei, mas não vou receber aumento pq sou uma NÃO HABILITADA. Sabe p q ? Não tenho os 1000 e tantos dias na rede pública. Tenho só 900 e muitas faltas pra cumprir compromissos de congressos, disciplinas, parte prática - tudo relacionado ao doutorado..Se vc quiser consultar meu currículo e informações pra saber q são verdadeiras meu nome completo éC. F. M.RGCPFSó peço para não divulgar nenhum dado pessoal meu, pois, como estou em estágio probatório, tenho medo de represálias e sofrer algum processo administrativo.Enviei meus dados apenas para que vc possa confirmar q o q digo é verdade.AbraçosEm tempo: O Conversa Afiada reproduz o email do amigo navegante João: PHA, desculpe-me incomodá-lo de novo. Mas acho que esta matéria é boa para o Conversa Afiada.Veja o que o Serra e o Paulo Renato fazem!!!Disponível em http://www.jt.com.br/editorias/2010/03/22/ger-1.94.4.20100322.16.1.xmlPai vira ‘babá’ de aluno deficienteAo acolher alunos com deficiência, escolas do Estado pedem que pais fiquem com filhos na salaFábio Mazzitelli, Mariana LenharoAs escolas estaduais paulistas estão pedindo aos pais de estudantes com deficiência física que fiquem com os filhos na classe durante o período de aula. A presença de um familiar na escola é colocada por diretores dos colégios públicos como condição para acolher esses alunos, em geral cadeirantes com limitações motoras graves, diante da falta de estrutura para abrigá-los no ensino regular. A inclusão desses estudantes é garantida por lei.O aposentado Helton Messias, de 64 anos, foi à Justiça. Pai de Matheus, 6 anos, ele se recusou a seguir a orientação da direção do colégio estadual e entrou com uma ação pedindo adaptações que tornem a escola mais acessível e indenizações por danos moral (R$ 300 mil) e material (R$ 10 mil).Matriculado no 1º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Marina Cintra, na Consolação, região central da capital, Matheus ainda não foi à aula neste ano. Tem mielomeningoncele, lesão congênita da medula espinhal que causa problema neurológico incurável. É cadeirante e tem que usar fralda, pois não tem controle sobre o esvaziamento da bexiga. Precisa de uma carteira adaptada para ele e de um cuidador.“Não tem cabimento acompanhá-lo na escola. Entrei com ação de obrigação de fazer contra o governo. É direito dele”, diz o pai. “Isso é importante porque, além de beneficiar meu filho, pode dar abertura a outras crianças na mesma situação”, afirma Messias.Alguns pais aceitam acompanhar o filho, mas a prática tem gerado confusão entre os papéis que cabem ao colégio e à família. “Como estou lá o dia todo, podiam me pagar para fazer isso”, diz Maria de Fátima Lima, mãe de uma estudante cadeirante de 14 anos.A falta de funcionários é uma das hipóteses para o problema. “A escola está desamparada de serviços de apoio para acolher as crianças com deficiência. Não sou a favor, mas a escola não vê outra saída”, analisa Darcy Raiça, coordenadora do curso de Educação Inclusiva da PUC. “O pai não deve ficar na classe. Isso pode comprometer o trabalho do professor e o desempenho do aluno.”Segundo a Secretaria Estadual da Educação, a prática de pedir aos pais para que acompanhem o filho com deficiência durante o período de aula ocorre como “parceria” porque não existe a função de cuidador no quadro de funcionários das escolas estaduais.).O QUE DIZ A LEIA matrícula de estudantes com necessidades especiais na rede regular de ensino é um direito garantido pela Lei das Diretrizes e Bases da educação brasileiraEm 2008, foi elaborada a política nacional de educação especial, que prevê o cuidador, e publicado decreto federal que abriu caminho para a ampliação do atendimento educacional especializado na rede pública, criando repasses dobrados do Fundeb para alunos que recebem esse atendimento.É esta a educação de primeiro mundo que o Serra quer levar para o Brasil (toc toc toc).Temos que denunciar este abuso.AbraçosJoão