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​Ciro, privatizar o refino é maçã podre...

O FHC privatizou, mas não deu certo...​
publicado 15/06/2018
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Nelson Marconi, integrante do trio de ferro de Ciro Gomes, cometeu o mau passo de sugerir a privatização do refino do petróleo.

A desastrada entrevista à Reuters contém meritórias intenções, porém, a privatifaria do refino - confirmada em desmentido que não desmente nada - é a maçã podre que se encontra no fundo do cesto tecido com notável tecnologia da FGV de São Paulo.

Porém, cuidado com a Petrobras.

Ela é fragil.

E cobiçada.

E qualquer tentativa de balançar o coreto de Vargas merecerá feroz reação.

Por exemplo, o professor Gilberto Bercovici, autor da tese de que os beneficiários da privatização dos canalhas e canalhas serão processados por receptação dolosa, encaminhou ao ansioso blogueiro irretocável texto de Felipe ​Coutinho, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras:​

Apesar d​e ​o refino ser monopólio da União pelo artigo 177 da Constituição de 1988, o setor está aberto desde 1997, com a polêmica quebra do monopólio do FHC. A lei tucana foi questionada como inconstitucional, mas passou por maioria no STF. Não houve investimento privado no setor desde então.

O refino é um monopólio natural. A imposição da competição desintegra o refino da Petrobras e eleva o custo de produção e ao consumidor. Defender competição que eleva preços é difícil.

A atual política de preços foi defendida por viabilizar a competição com a entrada de importadores e a atratividade para a privatização das refinarias da Petrobrás. Então o consumidor paga mais caro para que haja competição. Se há lógica, ela serve ao interesse privado e anti​-​nacional.

Viabilizar a entrada de competidores privados, sem privatizar as refinarias da Petrobras e sem aumentar preços ao consumidor, é impossível.

Seria preciso garantir monopólios regionais de refino, terminais e logística de escoamento em regiões plenamente atendidas pelas refinarias da estatal​.​ ​O​ resultado seria o aumento do custo de produção pela desintegração do sistema nacional e o consequente aumento de preços ao consumidor.

​Felipe Coutinho, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, AEPET.