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Novo chanceler defende aliança com extrema-direita europeia

Na posse, ministro Ernesto Araújo citou de Raul Seixas a Olavo de Carvalho
publicado 03/01/2019
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Do Congresso em Foco:

Citando de Renato Russo a oração em Tupi, Ernesto Araújo assume Itamaraty


O novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reuniu em seu discurso de quase uma hora uma miscelânea de citações e referências. Ele participou de solenidade de transmissão do cargo, que era ocupado por Aloysio Nunes (PSDB).

O chanceler brasileiro (...) fez citações em grego e em latim e usou referências de textos, obras literárias e músicas de Renato Russo, Raul Seixas, Clarice Lispector, Olavo de Carvalho, José de Anchieta e uma Ave Maria em Tupi.

O novo ministro afirmou que vai trabalhar “pela pátria” e “não pela ordem global”, afirmando que a política externa do país está “presa fora do Brasil”.

Araújo defendeu aliança do Brasil com outros países governados pela extrema-direita ou ultraconservadores, como Polônia, Hungria (...) e de nações latino-americanas que “se libertaram do Foro de São Paulo”. (...)

Em tempo: sobre Polônia e Hungria, a Fórum lembra:

(...) "Na Hungria, o presidente Viktor Orbán mandou construir cercas nas fronteiras com a Eslovênia, Croácia e Sérvia e pretende estendê-las aos limites com a Romênia. Numa recente visita ao país, o jornalista Zack Beauchamp relatou como morreu a democracia húngara. (...)

Na Polônia, o Partido da Lei e da Justiça adotou o nacionalismo como plataforma para chegar ao poder, o que aconteceu em 2015. (...)

Coincidentemente, ao defender a “ordem liberal” em editorial desta quarta-feira, 2, o diário da elite quatrocentona paulista Estadão escreveu:

“Cidadãos ressentidos pelo modo como vêm sendo tratados pela ‘velha política’ são a audiência perfeita para discursos nacionalistas, xenófobos, populistas, não raro deixando transparecer um viés autoritário que, paradoxalmente, 70 anos depois do fim da Segunda Guerra, é visto em países como Hungria, Polônia e Turquia, como uma qualidade de seus líderes”.

Com esse chanceler, tratem de acrescentar o Brasil à lista.

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