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Bernardo não mete medo à Globo. E mete nos blogueiros sujos

Se depender do ministro da Comunicação, a Globo vai nadar de braçada até o Eduardo Campriles (nao deixe de ler importante "Carta aos Brasileiros") chegar
publicado 15/04/2013
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Em entrevista ao programa "É Noticia", de Kennedy Alencar, na Rede TV, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, comentou a oposição que tem sofrido do PT.

Segundo Paulo Bernardo, ele não discorda do PT quanto a regulação da mídia.

Porém, é contra qualquer tipo de regulação da mídia impressa: "eu concordo que tem de haver regulação de mídia eletrônica como em qualquer setor".

Para mídia impressa, o Ministro defende uma que garanta o direito de resposta.

Como seria a regulação da mídia?

Bernardo defende a proteção do conteúdo e minimiza a concentração do mercado.

Sobre a existência de oligopólio o ministro desconversou:

"Eu acho que há uma concentração da mídia em poucos grupos - isso é, não tem como negar. Agora, qual o limite disso? Como você faz isso? O pessoal diz que nós temos que fazer uma lei de médios, como da Argentina. Na Argentina, o que eu leio sobre lá, é que o grupo Clarín tinha 92 licenças de transmissão, 92 outorgas, aqui o limite é cinco. O que acontece é que aqui tem o fenômeno da rede afiliada."


Sobre a propriedade cruzada, o ministro alega que a convergência de mídia torna a questão inócua, já que todas as mídias estão passando pela internet.


O ministro também comentou o novo fundo criado pelo Instituto Barão de Itararé para socorrer blogueiros sujos em dificuldades com processos judiciais.


Veja o vídeo do início do 3 bloco até os 4 minutos do vídeo.


Segundo o ministro: "primeiro, nós temos que defender o principio da liberdade de expressão. Na internet isso vai ao seu ponto máximo, as pessoas falam e escrevem o que querem, e eu acho importante que seja assim. No caso da internet acho importante que se tenha liberdade total, portanto, as pessoas que são criticadas - eu mesmo sou muito criticado por determinadas situações - acho que nós temos que ter muita tolerância com criticas.


Kennedy - O senhor não processou ninguém?


P. Bernardo - Eu já processei sim,


Kennedy - Mas nesse episódio recente não?


P. Bernardo - Não, quando é critica política... Alguém te critica porque você esta favorecendo as teles, tá fazendo desoneração... isso faz parte da política. Eu tenho uma posição e tenho que defender daqueles que à atacam. Eu digo assim, quando alguém ataca pessoalmente, na honra, ai eu acho que é razoável que quem se sinta ofendido procure a Justiça. Até porque, recorrer a Justiça também é um direito fundamental das pessoas. Porque se não, qual é a outra forma de resolver? Vamos marcar um duelo no Ibirapuera?


Kennedy - Mas o argumento é: que quem recorre tem um poder econômico muito maior que o do blogueiro, e isso cria uma disparidade...


P. Bernardo: Eu acho que isso pode até ser verdade, mas a Justiça sabe avaliar isso, ou pelo menos deveria. Eu nunca recorreria a Justiça por critica política, mas tem gente que acha que pode falar qualquer coisa. Eu não vou entrar no caso especifico, mas eu acho que tem de haver direito para que todos se manifestem como queiram, mas tem que haver o direito de ir para a Justiça também.