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Dirceu denuncia Golpe do TCU/PFL

TCU é o último reduto do PFL/Arena
publicado 24/06/2015
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Como se sabe, Gilmar - o que não quer o Código Civil - também prepara uma cilada com as contas da eleição da Dilma.

Como o PT e o Governo não se mexem - veja no que dá a inépcia do zé - a equipe do Dirceu reage :


Nem terceiro turno, nem 2018. O tempo é agora



Volta à cena a tentativa de um terceiro turno, agora com maquiagem legal, via Tribunal de Contas da União (TCU). Prática legal e recorrente no Governo FHC, no governo Dilma vira ilegal com viés de crime de responsabilidade. O objetivo da oposição, Aécio Neves e DEM à frente, é que o TCU condene a presidenta e o Congresso rejeite suas contas para assim darem início legal a um processo de impeachment. No oligopólios da mídia, este mapa de rota conta com um apoio envergonhado ou indireto, com uma cobertura desproporcional e dirigida, dando palanque e megafones à irresponsável tentativa de associar o nome de Lula e mesmo da presidenta à Operação Lava Jato, além do tradicional noticiário dirigido contra o PT.

A hora, portanto, é de unidade no PT. Divergências à parte, seja sobre o ajuste ou sobre qualquer outro tema na pauta, é preciso defender o governo e o mandato da presidenta. Isso vale para o PT e para todas as nossas lideranças nos movimentos sociais. Mas para isso é preciso que o governo reveja o ritmo do ajuste e suas consequências no emprego que pode chegar a 9% com uma recessão de 2% do PIB. Estamos caminhando para uma crise que pode ser política e econômica com viés social por conta do crescimento do desemprego, com a contribuição luxuosa e recorrente de nosso Banco Central (BC) quando se trata de elevar sempre, nunca reduzir, a Selic.

Levy e sua equipe estão pressionados agora à direita, onde vozes responsáveis alertam para os riscos da política do BC que, na prática, pode anular todo o esforço do ajuste com a queda da arrecadação e o aumento do serviço da dívida interna. Uma economia praticamente paralisada não suporta as altas de juros prometidas pelo BC.

A oposição, apesar da divisão dentro do PSDB sobre o impeachment e a candidatura em 2018, segue em direção ao precipício sem medir consequências. A ida da delegação de senadores à Venezuela e seu comportamento na votação do ajuste são dois bons exemplos do que é possível na nossa oposição — tudo, menos um atuação em defesa dos interesses do país.

Levy e o PMDB são hoje dois centros de poder e de decisão. A questão é como disputar e contrabalançar essas forças políticas com o PT, o governo e Lula cada um para o seu lado e com nossa base social em pé de guerra com o governo por causa do ajuste.

As pesquisas sobre o governo e as eleições 2018 refletem o pior momento, inclusive pela situação econômica em consequência do ajuste fiscal e da recessão. A preocupação não deve ser 2018, até porque na pior das hipóteses estaremos no segundo turno, mas como melhorar o ambiente econômico e político, recompondo a base de apoio do governo, começando por desemperrar a política fazendo as nomeações que faltam.

Estamos na metade do ano. Há o que se fazer. Liberar os recursos orçamentais disponíveis para investimento e custeio; disputar uma revisão no ajuste e um amplo programa de reformas, começando pela tributária; apoiar iniciativas como o Plano Safra, o Plano de Concessões, a Nova Política de Exportação prometidos pelo governo; colocar em prática a fase 3 do Minha Casa Minha Vida; retomar os investimentos dos setores de óleo, gás e energia; apontar rumos e caminhos.

É preciso sair da defensiva e do isolamento, apresentar propostas ao país, como a reforma tributária progressiva, uma nova política para os fundos públicos, uma política industrial e de exportações e uma revisão do pacto federativo, começando pela revisão da dívida dos Estados e Municípios com a União, aprovada pelo governo. Também são necessárias medidas compensatórias para os setores mais afetados pela recessão, para proteger o emprego e a produção, particularmente nas pequenas e micro empresas. E defender as forças de esquerda dispostas a se opor as tentativas golpistas de ir para as ruas. Mobilizar nossa militância e base social com a presença de nossas lideranças e parlamentares, com Lula. Viajando pelo pais e falando com o povo. O que defendemos são direitos do povo brasileiro, precisamos deixar isso claro para o povo. Com iniciativas concretas e com vontade de enfrentar o debate político.




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