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Cunha peita Berzoini. Vai perder! Como sempre!

Cunha já sentou na cadeira. E tem o sorriso falso do FHC
publicado 03/01/2015
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Quem assistiu à posse não do Aécio mas da Presidenta pela NBR – leia em tempo - percebeu que Eduardo Cunha postou-se como o papagaio de pirata de 2015.

(Em 2010 foi o .Está na mesma posição até hoje.)

Para onde Dilma e Temer iam, Cunha ia logo atrás, suado, curvado e com aquele sorriso de aeromoça, que ACM identificou em FHC.

A certa altura, quando Dilma – e não Aécio – foi fazer o pronunciamento ao povo, no parlatório,  Cunha curvou-se ainda mais para a frente de Temer e antes de desabar tentou um cumprimento, quem sabe um beijo na face da Presidenta.

Ficou com a mão no ar.

A Presidenta – que o viu, certamente, naquela oferecida coreografia – passou direto.

Tinha mais o que fazer.

Agora, dizem, Cunha saiu aí pelas redes sociais e sites de Daniel Dantas a dizer que é contra a Ley de Médios.

Foi peitar  Berzoini.

Daniel Dantas, Cunha, Eduardo Campos – que a Lava Jato não poderá ignorar - e Pauzinho do Dantas, outro traíra, foram imortalizados, da tribuna da Câmara, pelo discurso corajoso de Antony Garotinho sobre  MP do Tio Patinhas ou dos Porcos – a desfiguração da MP que tentava – em beneficio de Dantas e seus sites dito “esquerdistas” – impedir a reforma, enfim, obtida.

Como diz o Mino, é tudo a mesma sopa.

Eduardo Cunha fala e age como presidente eleito e empossado da Câmara.

Já sentou na cadeira.

E, agora, vai contra Berzoini, e se curva à bancada da Globo na Câmara e à própria Globo.

Como se sabe, a Globo vai reimplantar a virtude em Cunha.

Quem é Cunha, fora das páginas da Justiça ?

É possível que ele se imagine um desses varões de Plutarco do PiG – na categoria de FHC, integro, probo, patriota, sabido.

Sabido.

Aí, na literatura popular ele se confundiria com um herói ibérico, o Pedro Malasartes: sabido, astucioso, cínico, inesgotável em expedientes e enganos – diria Câmara Cascudo, especialista em folclore e heróis do povo.

No cinema, Malasartes foi imortalizado por Mazzaropi e Didi, dos Trapalhões.

Que encarnou Didi Malasartes.

Faz parte do elenco da Globo, portanto.

Cunha é contra a Ley de Médios.

Assim como foi contra a MP dos Portos e o Marco Civil da Internet.

Cunha só engana o PiG.

Malasartes faria melhor.

Em tempo: excelente a cobertura da NBR. Como as imagens eram em pool, tinha o mesmo que a Globo. A diferença esteve na narração e nos comentários. Na narração, a Globo apresentou um narrador de terciaria estrela. E, nos comentários, o Alexandre Maluf Garcia, que combinou o  óbvio com o despeito. Ao contrário da NBR, que, por exemplo, na analise dos chefes de Estado que cumprimentaram a Dilma, situou muito bem o interesse nacional brasileiro – como se vê em “Uma Defesa do tamanho do Brasil”. Que pena o PT não ter construído uma TV estatal competitiva, como a dos países desenvolvidos, que a Casa Grande tenta copiar (menos nisso...).

Paulo Henrique Amorim