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Crime de vazamento vai ser tipificado

Na Áustria, o Ataulpho estava em cana
publicado 23/01/2016
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contadeira bessinha

As duas leis (da Dilma) que tratam da delação premiada estabelecem que a delação tem que ficar em SIGILO, até que haja uma sentença definitiva sobre o MÉRITO da questão.

É exatamente o que NÃO acontece na Vara do Juiz que manda mais que qualquer ministro do Supremo.

Só o Procurador (cara de pau) Vertical é capaz de assegurar que a “maior parte” das delações corre em sigilo.

Quá, quá, quá!

Como se sabe, Moro é o Teólogo da Vazação.

Ele estimula o vazamento como forma de fazer Justiça – o que, segundo o professor Serrano, é uma fraude.

Por isso, como observou o Conversa Afiada, há uma indústria de vazamentos e de vazos para ferrar o Lula e a Dilma, e o trabalhismo do Ciro, de uma forma geral.

É uma “Justiça” ideológica para entregar o poder a quem não tem voto.

Tão simples quanto isso.

Mas, o que fazer com os vazadores e seus vazos?

No evento do Barão, Wadih Damous - “Gilmar seria inadmissível em qualquer Corte Constitucional” - anunciou que vai tipificar o crime do vazamento.

É que as leis da delação não chegaram a prever a sanção ao vazamento.

Na companhia de colegas criminalistas, Damous prepara um Projeto de Lei, que apresentará em março à Câmara, para tipificar o crime de quem vaza.

(Como diz o Conversa Afiada, o criminoso que vaza fica na cela ao lado de quem publica o vazamento).

E como punir quem publica o vazamento?

Pergunta-se Damous.

Como isso se chocaria com a “liberdade de expressão”, consagrada no Supremo?

(Ver na aba “Não me calarão” as seguidas vitórias do ansioso blogueiro, no Supremo, contra o ínclito banqueiro, aquele da “Operação”, aquele que sem o Gilmar não iria longe.)

E quando a punição ao vazo agredir a liberdade de expressão?

Damous acredita que, quando a liberdade de quem publica o vazamento agredir a presunção de inocência e desvirtuar a administração da Justiça, nesse caso, a “liberdade de expressão” deve ser relativizada.

Ele tem a consciência de que isso provocará polêmica.

Mas, está disposto a travá-la.

Até entre aqueles do PT que passam a mão na cabeça do Moro, porque, “afinal, os empreiteiros estão em cana”.

Aí, é como diz o PML: ou a Justiça é para todos (até para o Marcelo Odebrecht, cuja defesa foi cerceada) ou não há Democracia.

No Barão, Damous contou o caso do “Ataulpho Merval de Paiva” da Áustria que perseguiu um ex-ministro na imprensa e foi parar, ele, o jornalista, na cadeia!

Porque tentou influir na administração da Justiça: condenar o ex-ministro ao manipular a opinião pública.

Tarefa heroica a que se dedica o Ataulpho Merval daqui, diuturnamente, no Globo, na rádio que troca a notícia – leia o Fernando Brito sobre o lobo e o cordeiro - e na GloboNews, ao lado da Fo-Frete!

É porque na Europa, segundo Damous, o entendimento é diferente dos Estados Unidos, por exemplo, onde a liberdade de expressão é intocável.

Nas cortes europeias, essa liberdade se confronta com o direito a um julgamento justo.

Demora mas o Damous chega lá.

(Como o Ministro da Justiça é o , o Damous tem que se virar!)

Paulo Henrique Amorim