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Dilma quis derrotar Cunha. Até a última emenda

Dilma não quis dar uma "vitória moral" à dupla Dantas-Cunha.
publicado 15/05/2013
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Por que a votação na Câmara teve que chegar à quarta-feira ?

Não teria sido possível negociar antes com o Eduardo Cunha e apressar o serviço ?

Estaria tudo concluído na terça-feira à noite e a matéria chegaria mais cedo ao Senado.

O Conversa Afiada tinha previsto que a Presidenta ia para o voto, sem negociar.

O discurso da Presidenta Dilma Rousseff na posse do ministro Afif Domingos foi claro: não tem acordo com o Daniel Dantas, Eduardo Campriles e Eduardo Cunha e seus aliados de ocasião.

Navalha

O que está por trás dessa estratégia ?

Derrotar Cunha.

Mostrar o tamanho dele.

Já que o PMDB não o controla, ela tem que provar que Dantas e Cunha não a sitiarão no Palácio.

Dilma poderia deixar Cunha ganhar um ou outro destaque e apressar a votação.

Perder para ganhar.

Mas, isso daria um pedaço de vitória a Cunha e a Dantas.

Ele teria uma “vitória moral”.

Mas, Dilma precisava reduzir Cunha e Dantas às suas devidas proporções.

Cunha pode mandar no PMDB.

Mas, não manda nela.

Não teve acordo.

Era preciso derrotá-lo em todos os destaques.

Ou o Brasil é uma republiqueta em que um empresário condenado a dez anos de cadeia – que o delegado Protógenes chama de “banqueiro bandido” - possa imobilizar a República ?

O Governo Dilma não é o Governo Fernando Henrique.

Cunha aprendeu.

E Dantas também.

 




Paulo Henrique Amorim