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Avião KC-390: Defesa dá um salto

Aviões, caças, blindados Guarani - e submarino com propulsão nuclear. O pré-sal exigiu
publicado 21/05/2014
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A Presidenta Dilma Rousseff inaugurou nesta terça-feira (20), em Gavião Peixoto (SP), um hangar em que ficará a linha de montagem do avião KC-390, que será produzido em série pela Embraer com a Força Aérea Brasileira (FAB)

A FAB vai comprar  28 exemplares do KC-390.

A construção da aeronave em solo nacional representa um salto na estratégia de Defesa do país, além dos ganhos na Economia.

“Com este avião podemos garantir a presença em todo o território nacional. Ao mesmo tempo, esse projeto fortalece a indústria aeroespacial nacional, que dará um salto e atingir um novo patamar. Além disso, a FAB precisa substituir aviões de transporte e é muito mais vantajoso comprar da indústria nacional”, afirmou Sergio Henrique da Silva Carneiro, Coronel Engenheiro e gerente do projeto.



Para a Presidenta Dilma Rousseff, "ninguém em sã consciência pode duvidar que a indústria da Defesa é estratégica. Muitos concordarão que tem potencial extraordinário para o desenvolvimento tecnológico. São razões suficientes para ficar orgulhoso do que fizemos aqui. Mas,  acredito que tem uma outra razão para celebrar esse programa (...): a quantidade de empregos diretos e indiretos previstos na construção do KC-390. (…) Vamos produzir aviões e desenvolvimento, com mais empregos, melhores empregos, mais renda e mais oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras  ...”.

O projeto, firmado em 2009, ainda no governo Lula, com Dilma como Ministra-chefe da Casa Civil, já conta com países que mostram  interesse em adquirir 32 aeronaves:  Argentina, Colômbia, Chile, Portugal e República Tcheca. O contrato firmado prevê a construção de 28 aviões em dez anos. O primeiro deve levantar voo no fim de 2014.

A assinatura do contrato significa uma nova postura das autoridades brasileiras quanto aos investimentos na defesa do interesse nacional. No evento de hoje, a Presidenta lembrou o Plano Estratégico de Defesa Nacional, criado em 2008 por Lula, e citou o lançamento do Plano Brasil Maior com medidas para desenvolver a indústria nacional.

Afirmou, também, que o Brasil conta desde 2012 com legislação específica para estimular as empresas brasileiras, o que garante ao Estado a possibilidade de realizar concorrências exclusivamente entre empresas estratégicas de defesa brasileira.


“Esse contrato assinado aqui hoje, pelo qual a FAB vai adquirir 28 unidades, é estratégico para a Embraer. É importante para vocês na medida em que mostra um horizonte no qual essa empresa vai se desenvolver, ter sustentabilidade e gerar os empregos de qualidade que nós achamos fundamentais para o país. Ela mostra também que, a partir de agora, nós também temos melhores condições de transformar o KC-390 num produto que será vendido, acredito, em todas as partes do mundo. Na nossa América Latina, na África, na Europa, nos Estados Unidos, enfim, nós queremos esse produto em todas as partes do mundo”, disse.






 

O KC-390, que é o maior avião produzido em território nacional e no Hemisfério Sul, teve como fatores determinantes para a sua escolha o fato de ser multiúso, pois pode desempenhar diversas funções, como operar em pequenas pistas na Amazônia, lançar paraquedistas, realizar busca, reabastecer outras aeronaves em voo, pousar na Antártica e lançar carga em pleno voo, o que diferencia das demais aeronaves.

A parceria entre Embraer e FAB possui bons frutos, como o Super Tucano. Para o desenvolvimento do atual projeto, a FAB investiu R$ 4,9 bilhões. O programa da aeronave foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As novas aquisições se juntarão ao caça sueco Gripen e aos submarinos nucleares, responsáveis pela defesa do Pré-sal e manutenção de instalações estratégicas como Itaipu, Furnas e Usinas nucleares de Angra. Elas substituirão o C-130 Hercules, da norte-americana Lockheed Martin, atualmente na frota da FAB.

 

O avião

 

 

 


A aeronave de transporte tático militar e de reabastecimento em voo pode ser configurado como avião reabastecedor, operar a partir de pistas curtas e semipreparadas. Um sistema de comandos elétricos de voo (fly-by-wire), com funções otimizadas, garante o melhor desempenho de missão e um voo seguro, com reduzida carga de trabalho da tripulação.

O KC-390 tem o menor custo total do ciclo de vida e a maior disponibilidade em sua classe, segundo a Embraer.

A principal diferença para outros aviões do tipo, mesmo em relação ao  C-130 Hércules, é que o KC-390 é multiuso: pode desempenhar diversas funções, como operar em pequenas pistas na Amazônia, lançar paraquedistas, realizar busca, reabastecer outras aeronaves em pleno vôo.

Pode transportar tropas e armamentos, helicópteros e, inclusive, os modernos tanques blindados da série Guarani, já em operação, em fase experimental, no 33o. Batalhão de Infantaria Mecanizado, em Cascavel, Paraná (perto de Itaipu).  Os Guarani pesam 18T, e os KC-390 podem levá-los.

Os KC-390, assim como o submarino com propulsão nuclear (dentro do PROSUB), em produção em Itaguaí, RJ,  e os Guarani fazem parte de uma política de radical modernização das Forças Armadas – o que se tornou imprescindível, com a descoberta do pré-sal.



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texto do ansioso blogueiro, no “Camping Digital” do PT, sobre a Defesa do Brasil