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Lock-out de caminhoneiros. Clarín estimula

A Cristina viu que a cobertura do lock-out tinha o objetivo de derrubá-la.
publicado 02/07/2013
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Por uma questão de cortesia, o ansioso blogueiro assistiu ao Mau Dia Brasil enquanto malhava.

Houve um diálogo entre Keynes e Hayek - a Urubóloga e a Renata Vasconcelos discorreram sobre uma suposta fraude contábil da Petrobras e do cálculo da balança comercial.

A Globo tem a mania de “fraude contábil” na Petrobras.

Já tomou um desmentido pela proa.

Ela e um desses economistas de bancos que aparecem no PiG (*) - os que nada sabem de tudo.

E a Urubóloga jamais se pronunciou sobre as reservas cambiais do Banco Central nos bons tempos do Gustavo Franco – não havia.

Era uma operação “contábil”.

Tanto que o Brasil quebrou – depois, é claro, da reeleição que o FHC comprou a R$ 400 mil a cabeça.

Mas, só no Brasil o Governo Federal aceita que uma empresa privada que explora, sob concessão, um serviço público, “denuncie” uma fraude conjunta da maior empresa do país e do Ministério da Indústria – que faz os cálculos da balança comercial – e fica quieto.

É o que a SECOM chama de “mídia técnica”.

E do que tratou o Mau Dia ?

Do lock-out dos caminhoneiros.

Foram uns 48' de estradas fechadas, sob a batuta do Alexandre Maluf Garcia.

Aquele lock-out que a CIA e o Kissinger armaram para derrubar o Allende.

Aquele mesmo que os ruralistas argentinos organizaram contra a Cristina Kirchner.

Os argentinos fecharam as estradas com o apoio integral do sistema Clarín de Televisão.

O Clarín, aqui, no Mau Dia Brasil faz como nas manifestações: cobre, estimula, glamouriza, espicha, indica os caminhos - “já chegou à ponte Rio-Niterói ?”- dissemina o caos e o DESgoverno – e, hipocritamente, condena os vândalos e “os excessos”.

A Globo cobre o DESgoverno para derrubá-lo.

É uma cobertura tão limpa quanto uma operação nas Ilhas Virgens para sonegar impostos.

Foi assim que nasceu na Argentina a Ley de Medios.

Quando a Cristina viu que a cobertura do lock-out tinha o objetivo de derrubá-la.

Como derrubou o Allende.

E foi pra cima do Clarín.

Aqui não !

A SECOM engorda a Globo.

Clique aqui para ler o Tijolaço: “soneguei mas já paguei”.

Inadimplente na Receita Federal pode explorar serviço público, Bernardo ?

Clique aqui para ler o Mino: “Bernardo é o Ministro do plim-plim”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.