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Wagner e Aldo: a bandeira do nacionalismo tem dono

"Interesse nacional" é uma expressão que não se usa no PSDB.
publicado 24/12/2014
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Com a nomeação de Jaques Wagner para a Defesa e Aldo Rebelo para Ciência e Tecnologia, o ansioso blogueiro se reanima.

Eles vão defender o interesse nacional em áreas estratégicas como a Ciência, a Tecnologia e a Defesa.

E estarão orientados em direção ao Norte que organiza o Desenvolvimento Nacional, o Norte que a Casa Grande quer dilapidar desde Vargas - e entregar ...

É a Petrobras, é o pré-sal, é  o sistema de exploração de partilha, com conteúdo nacional.

Essa é a tarefa (oculta) de Wagner e Aldo.

Por isso republicamos post que, talvez, tenha sido engolido pela batalha eleitoral (em que Dilma se reelegeu de forma consagradora e a Casa Grande perdeu pela quarta vez consecutiva.)


Nacionalismo: de quem é essa bandeira?



Menos Economia e mais Geografia. E defesa do “interesse nacional”​

Alguns temas centrais sumiram na campanha presidencial.


Dois chamam a atenção: o nacionalismo e a Defesa.


Ou o que se chama de “interesse nacional”.


De um lado, a UDN do PRP de São Paulo voltou ao tema que a sustenta desde o advento da República: a corrupção do poder central.


Com isso, os luzias pregam a “Federação” para tirar poder do Centro  e entregar aos brancos da Bacia do Rio Paraná, sob a liderança de São Paulo, como pregou o mais articulado republicano paulista, Alberto Sales, em “A Pátria Paulista”.


(Tratava-se do irmão de Campos Sales e, como ele, cafeicultor da região de Campinas. O livro – indispensável – prega a secessão de São Paulo. Uma separação para São Paulo se livrar dos “índios” da bacia do Amazonas, e dos “negros”  da bacia do São Francisco…)


Os luzias e os perrepistas não têm compromisso com o “interesse nacional”.


Por isso, submeteriam a Amazônia ao regime de “patrimônio da Humanidade”, entregariam a Petrobrax à Chevron e o Ministério da Fazenda a um cidadão americano.


O ponto central dessa lógica é depositar o Brasil aos pés da hegemonia americana, ao que chamam de “integração aos fluxos internacionais dinâmicos”, e ao Pacto do Pacifico, que reúne adversários da China no Mar do Sul da China e a Colômbia,  Chile e o Peru.


O  objetivo é destruir a obra do Mercosul e o regime continental de Defesa, reunido na Unasul.


(Recentemente, um suposto brasileiro escreveu no jornal francês Le Monde expôs essa receita em certeira súmula. Além disso, a  diplomacia brasileira deveria se preparar para duas próximas derrotas: a internacionalização da área Yanomani entre a Amazônia do Brasil e da Venezuela, e a devolução do Acre à Bolívia … Deve ter feito muito sucesso entre os “embaixadores de pijama”, que recebem dinheiro do Erário para falar mal do Brasil. E outros que ainda não se aposentaram, mas deveriam …)


Qual a resposta que veio do outro lado ?


Do lado vencedor – e que vence há três eleições consecutivas, de forma inequívoca ?


Nenhuma.


O Nacionalismo é uma bandeira à deriva.


Corre-se o risco de a extrema direita que quer o impeachment a qualquer custo e escreve à Casa Branca para pedir intervenção se aposse dela, na vertente nazifascista.


Falamos aqui da Defesa do “Interesse Nacional” do povo brasileiro.


Expressão que vem da criação dos Estados Nacionais, no mundo europeu pós-Westphalia, que Richelieu expressou melhor do que ninguém.


Sem falar de Floriano, Rio Branco, Vargas e outros heróis Saquaremas.


O Brasil tem a melhor agricultura do mundo e pode alimentar os pobres do mundo todo.


O Brasil tem energia.


Quantos campos de Libra tem o pré-sal ?


Tem a dádiva da hidroeletricidade – chora, Bláblá ! – e, agora, se prepara para ser o maior produtor de energia eólica do mundo.


O Brasil um gigantesco patrimônio mineral ainda por explorar-se.


Quantos Carajás se escondem no Brasil ainda ?


O Brasil deve ser o maior produtor de urânio do mundo e sabe enriquecer urânio com tecnologia própria.


O Brasil tem rios navegáveis.


Do paralelo 16 para cima, da Bahia, Minas, Goias, Distrito Federal e Mato Grosso, tudo poderá ser  transportado em rios.


Fernando Henrique tentou descapitalizar as pesquisas de Aramar com urânio, como fez com a Petrobrax.


Descapitalizar para vender e fechar.


E assinou o Tratado de Não-Proliferação da Armas Nucleares, um ato de lesa-pátria.


(Assinar Tratado de Tlatelolco, que bane armas nucleares na América Latina, e não assinar o TNP era a estratégia correta, que FHC entregou, de graça, aos americanos.)


Lula ressuscitou e Dilma deu músculos a um programa de Defesa.


O Brasil constrói submarino a energia diesel-elétrica e, já, a propulsão nuclear, em Itaguaí.


Em torno do Gripen sueco, vai montar aqui uma indústria de caças, também para exportar.


E o avião militar de carga da Embraer, uma obra – prima  – também leva o Brasil ao mercado internacional de Defesa.


O Exercito se reequipa com o apoio dos engenheiros da IME, Instituto Militar de Engenharia, de padrão internacional.


O maior BNDES do mundo é o Pentágono !


Ou o amigo navegante acha que o maior fregues da Boeing é a Gol ou a American Arlines ?


É o Pentágono !


O Pentágono põe a indústria e a tecnologia de ponta americanas para se mexer.


E é isso o que a Dilma e o Lula começam a fazer !


Modernizar e anabolizar a indústria nacional a partir dos investimentos em Defesa.


Que podem ser tão nacionalizados, como os fornecedores da Petrobras.


E é esse o Nacionalismo que o Brasil – e os Saquaremas , como os trabalhistas – deveriam defender.


Um nacionalismo para preservar as riquezas que serão produzidas para beneficiar, antes de tudo, o trabalhador brasileiro !


O filho do cortador de cana que foi ser soldador de estaleiro em Suape.


O filho de soldador que entrou na Universidade do ABC e vai ser engenheiro na Saab-Scana de São Bernardo, para produzir o corpo do Gripen.


Para gerar renda interna, demanda doméstica, tecnologia brasileira.


Tecnologia como a do Almirante Othon Paulino Silva, que desenvolveu a forma original de enriquecer o urânio que vai mover os submarinos.


Tecnologia como a dos anônimos heróis da Embrapa que dobraram o tamanho da área agriculturável do Brasil.


Dos empreendedores gaúchos que abriram o Brasil inteiro, de Sul a Norte, para uma criar uma agricultura inigualável, que dá três safras por ano: soja, milho e gado !


Expor tudo isso, todos eles e o que o Brasil tem a defender e o que passou a fazer em sua Defesa seria uma forma de recuperar o estudo da Geografia, das riquezas naturais, da posição estratégica do espaço brasileiro na América do Sul, de frente para a África Ocidental, a futura fronteira da Economia Mundial.


(Os embaixadores de pijama também dizem que fora do Pacto do Pacifico o Brasil teria “micado” entre a Bolívia e Angola …)


Chega de Economia !


Vamos falar de Geografia !


Seria uma forma de reforçar a auto-estima do brasileiro.


De se contrapor ao Brasil que a editoria “o Brasil e uma m…”, do jornal nacional excreta.


Um Brasil miserável, sujo, safado, porco, derrotado, bovino, inculto, burro, inacabado, incompetente, arruinado, irrecuperável.


Que só tem jeito se os americanos administrarem, em conluio com os tucanos.


A única coisa que presta nos telejornais (sic)  da Globo são os eventos esportivos que ela monopoliza.


Não ia ter Copa, mas a seleção era alemã, não é Poeta ? …


A eleição se travou dentro de um circulo de giz entre a corrupção e a defesa dos programas do Governo Lulilma.


Dilma passou três anos e meio sem chegar à teve. ( E outros três e meio passara, se não fizer a Ley de Medios que até o PT diz que quer )


Ela teve que usar o horário eleitoral para mostrar o que fez.


E os debates para despir os santinhos do pau-oco que estavam do outro lado.


Está na hora de dar o salto.


Trocar a Economia pela Geografia.


Antigamente, nos bons tempos do PTB do Dr Getúlio -  que ajudava a Última Hora do Wainer -  naqueles bons tempos, o Brasil se dividia entre Nacionalistas e Entreguistas.


Hoje, parece que não há mais Nacionalistas.


Ninguém para levantar a bandeira do Nacionalismo.


Antes que o Bolsonaro a tome.


Paulo Henrique Amorim