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A SECOM afogou-se em Libra

Dar ao brasileiro o direito de ter orgulho do Brasil - e da Petrobras
publicado 20/10/2013
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Lamentavelmente, o leilão do poço de Libra – clique aqui para ler “Viva o leilão: Lula retomou a Petrobras do Príncipe da Privataria” - se desenrolará num ambiente de desconhecimento e protestos.

Protestos, tudo bem.

Isso aqui é uma democracia mitigada – e ainda mais será se a farsa da biografia autorizada prevalecer, como diz o Dias - e a bronca é sempre livre.

O ambiente de desconhecimento é que poderia ser evitado.

O PiG (*) conseguiu estabelecer algumas premissas – sempre – falsas.

Que o leilão será um fracasso porque as maiores americanas passaram a se concentrar no Golfo do México, já que o presidente Peña Nieto vai “conceder”, à moda do Príncipe da Privataria.

Que o leilão é estatizante, porque quem vai mandar no pedaço é a Petrobras.

Ou que o leilão é privatizante, porque a Petrobras terá que se associar a outra empresa.

(A coerência é um das marcas do Golpe …)

Que a Petrobras estará quebrada, se não houver um dramático mega-inflacionário aumento da gasolina.

Porque se não houver o aumento, ela quebra.

Que a indústria nacional não tem bala para produzir sua fatia de “conteúdo nacional” ao fornecer à Petrobras.

Como era no tempo em que a Petrobrax gerava emprego em Cingapura.

Que a Petrobras não tem engenheiros.

Geólogos.

Marceneiros.

Ascensoristas e telefonistas.

O leilão de Libra é um marco.

Faz História.

É uma injeção de US$ 500 bilhões na veia da economia brasileira, com a criação de 87 milhões de empregos (!) em 30 anos …

Até o Globo Overseas diz que será “crucial”.

E prevalece, porém, o desentendimento sobre o leilão.

Poucos se lembram da dramática votação da lei do pré-sal no Congresso.

Era a hora de a SECOM fazer um favorzinho ao brasileiro – o que bronqueia e o que não bronqueia.

E preparar um kitizinho de informações básicas.

Simples.

Desmentir, um por um, os argumentos do Adriano Pires – quando crescer eu quero ser o Adriano Pires - o Príncipe dos “ideólogos” anti-Petrobras que a Globo insiste em divulgar.

Ou os do Davizinho, genro do Príncipe, que, na Agência Nacional do Petróleo e, hoje, em consultoria privada, combateu e combate o monopólio da Petrobras – e, portanto, sobe ao púlpito da Globo Overseas, nos dias em que o Adriano está de folga.

A SECOM pegaria um redator razoavelmente treinado em pseudo-economia e pseudo-geologia, enumerava as teses do Adriano e do Davizinho e preparava um trabalho de esclarecimento.

Na imprensa escrita, na televisão … onde fosse.

Porque, afinal, o leilão de Libra é tão crucial, que seria um serviço aos brasileiros pode subir esse degrau e chegar lá em cima, com o peito cheio de orgulho do Brasil.

E dizer, puxa, que bom que não sou mexicano !

Puxa, que bom que quem encosta no Príncipe da Privataria não se elege vereador em Higienópolis.

O Brasil soube repudiar a política da privataria.

E agora poderia se vangloriar disso – e da Petrobras.

Mas, a SECOM parece preferir soltar notinhas de informação inútil a colonistas (**) globais.

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.