Poder Judiciário realimenta a inflação. STF dispara “efeito-cascata”

A Presidenta Dilma Rousseff tentou evitar esse rombo na política de combate à inflação.

Não resistiu e refez a proposta orçamentária para incluir o aumento.

Disse a nova proposta, já com o aumento:

“A inclusão de propostas grandes de re-estruturação para o funcionalismo federal prejudicaria a efetiva implementação de políticas públicas essenciais como as da saúde, educação e redução da miséria”.

O salário do STF é o teto do funcionalismo e do Judiciário.

Este aumento provoca, inevitavelmente, uma série de outros, em cascata.

O mesmo Estadão diz:

“Os deputados estão decididos a permitir o reajuste para os ministros (do STF) depois que for aprovada a proposta de emenda constitucional que iguala os salários dos próprios deputados, dos senadores, do presidente da República, do vice e dos ministros de Estado aos vencimentos do STF”.

Este ansioso blogueiro recomenda ao presidente do STF, Ministro Cezar Peluso (que, certamente, evitará que se “feche” o Conselho Nacional de Justiça) que tenha uma conversinha com o brilhante economista Mário Henrique Simonsen.

Ninguém no Brasil entendeu mais de “correção monetária” e de “indexação” do que ele.

“Correção monetária”, como se sabe, foi uma das contribuições do Brasil à Civilização Ocidental, como os dois HCs Canguru em 48 horas que um Ministro deste mesmo STF concedeu a um banqueiro, enfim, condenado a dez anos.

“Correção monetária” ou “indexação” foi o mecanismo pelo qual o Brasil conseguiu conviver com a inflação – e a barbárie.

E Simonsen ajudou a criá-la, quando jovem economista a serviço do primeiro Governo militar,

E passou resto da vida a tentar se livrar dela.

O Ministro Peluso adoraria conhecê-lo.

Simonsen era brilhante.

Gostava de ópera e de matemática.

Posto que fumasse muito.