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Presidenta só paga aditivo da lei. Alô, alô empreiteiras !

Os empreiteiros de alguns trechos querem aditivo acima do previsto em lei e a Presidenta não dá
publicado 22/07/2011
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A versão impressa desta reportagem do Valor é um editorial sob a forma de reportagem.

Tem mais adjetivo que aditivo.

A versão online foi depurada (em parte).

O objetivo da reportagem talvez tenha sido mostrar que as obras do rio São Francisco mergulharam no caos.

Outra crise irreparável.

Os empreiteiros pedem aditivo, a Presidenta não dá e as obras param.

Não é bem assim.

O próprio editorial/reportagem mostra que a história é diferente.

Os empreiteiros de alguns trechos querem aditivo acima do previsto em lei e a Presidenta não dá.

A obra vai parar ?

Vai.

No Valor.

Aditivos param trechos de obras no São Francisco


André Borges | De Brasília

Uma das mais caras e polêmicas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a transposição do Rio São Francisco está com boa parte de sua construção paralisada. Isso ocorre em razão da dificuldade de o governo negociar a verdadeira enxurrada de pedidos de aditivos contratuais que cercam a obra. As faturas extras cobradas pelos consórcios de empreiteiras somam R$ 700 milhões. Como o governo decidiu endurecer nas negociações, parte das empresas cruzou os braços. Dos 14 lotes das obras realizadas por empreiteiras, três estão abandonados.


Até três meses atrás, a lista de aditivos da transposição somava 43 pedidos de empresas de construção e serviços. Todas as empreiteiras que trabalham nos 12 consórcios na transposição do rio pediram aditivos ao Ministério da Integração Nacional, responsável pela obra. O governo tem negociado com os consórcios e, nas últimas semanas, conseguiu chegar a um acordo com quatro deles, o que significou um desembolso extra de R$ 100 milhões. Outros oito aditivos, no entanto, ainda estão em negociação.


Há 11 aditivos que cobram reajuste de mais de 25% no preço do contrato, limite definido por lei. Entre os casos que mais chamam a atenção está o lote sete, sob a responsabilidade do consórcio construtor Águas do São Francisco, que pede aumento de 70% no preço original do contrato para entregar estruturas de canais e dois reservatórios. O mesmo percentual é reivindicado na construção de um túnel no lote 12.


O coordenador geral das obras da transposição e secretário de Infraestrutura do Ministério da Integração, Augusto Wagner Padilha Martins, afirmou que as negociações têm sido difíceis porque o ministério, orientado pelo Palácio do Planalto, decidiu que não vai liberar nenhum aditivo acima de 25%, como determina a lei.