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Xi! Cago Boys querem entregar 30% do Brasil em 2019

Paulo Guedes e Bolsonaro querem privatização ampla, geral e irrestrita!
publicado 24/12/2018
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Da Agência PT:

Como as privatizações de Bolsonaro vão afetar seu bolso


Entre obscurantismo, suspeitas de corrupção e bate-cabeça entre ministros, ao menos uma promessa de Jair Bolsonaro vem sendo preparada à risca: vender a preço de banana o maior número possível de empresas públicas. Nunca antes houve no país um governo tão disposto à privatização ampla, geral, e irrestrita.

O ministro Paulo Guedes espera entregar 30% dos ativos das empresas já no ano que vem. Esse montante equivale a R$240 bilhões em riquezas estratégicas para o país.

Guedes vem nomeando colegas da Escola de Chicago – expoente da doutrina ultraliberal que vigorou na ditadura chilena – para cargos chave na administração pública.

A diretoria da Caixa Econômica Federal foi oferecida a um banqueiro especialista em privatizações. Mesmo caso do Banco do Brasil e da Petrobras. No Banco Central, um ex-diretor do Santander vai mandar e desmandar. Já a secretaria de privatizações foi dada a Salim Mattar, cuja empresa de aluguel de carros foi multada em mais de R$ 1 milhão por práticas abusivas de juros.

O deputado nomeado para a Saúde é alinhado aos interesses de convênios privados. O ministro da Educação defende o desmonte das universidades públicas. Os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente estarão sob a chefia de ruralistas. O que resta foi distribuído a generais, ex-integrantes do governo Temer e aliados de menor expressão.

O ‘Brasil Vende Tudo’ prometido por Bolsonaro e Guedes tem tons carregados de estelionato eleitoral. Durante a campanha, ele prometeu que nenhuma das estatais que ele considera “estratégicas” seria vendida. “Quem é funcionário da Caixa, do Banco do Brasil, do setor elétrico, do setor energético… Pode [sic] ficar tranquilos”, afirmou à TV Aparecida em outubro. Na véspera da posse, essa promessa já se prova uma bravata.

(...) a entrega desmedida empobrece o país a longo prazo, fragiliza a economia e traz um risco enorme a continuidade de serviços básicos aos brasileiros. 

(...) Debaixo dos ensinamentos do ‘guru’ Olavo de Carvalho, vem a submissão aos interesses dos Estados Unidos, arriscando até mesmo as relações diplomáticas com os maiores compradores das exportações brasileiras.

Bolsonaro já afirmou, por exemplo, que vai levar à cabo a entrega da Embraer para a norte-americana Boeing. E há muito tempo promete ceder a Base de Alcântara ao país e até insinuou que poderia colocar jovens brasileiro para morrer em uma guerra contra a Venezuela.

Apesar disso, não houve até agora qualquer sinal de que Trump vá retribuir a deferência brasileira.

É importante lembrar que a venda dessas empresas e ativos é, antes de tudo, um processo de desnacionalização. Não se tem notícia de nenhum empresário brasileiro que queira comprar a Eletrobras ou a Petrobras, por exemplo.

São grandes as chances de que o Brasil se torne uma economia tão dolarizada quanto a da Argentina. Mais sensível ao vaivém do mercado estrangeiro, o país hoje amarga crise o colocou sob o jugo do FMI pela primeira vez desde 2001. A vitória de Mauricio Macri, tão celebrada pela elite financista, se revelou um verdadeiro mico.

Em tempo: sobre os Xi! Cago Boys, favor consultar o (sempre imperdível!) ABC do C Af!