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Zanin: Lula não reconhece a legitimidade de sua condenação!

Presidente aguarda julgamento de suspeição de Moro no STF
publicado 30/09/2019
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Zanin concedeu entrevista do lado de fora do prédio da PF de Curitiba (Reprodução)

Logo após sair de importante reunião com o presidente Lula e lideranças do PT, o advogado Cristiano Zanin Martins concedeu uma entrevista coletiva na saída do prédio da Polícia Federal em Curitiba.

Ele leu a carta enviada por Lula, em que o presidente afirma que não irá trocar sua dignidade pela liberdade - ou seja, não aceitará a progressão de sua pena para o regime semiaberto.

Em seguida, aos jornalistas, Zanin afirmou:

"Esta é uma carta escrita pelo ex-presidente Lula na data de hoje, orientando seus advogados a respeito de sua posição sobre o requerimento para que ele progredisse no regime, a partir de condições estabelecidas pela justiça."

Ao lado de sua esposa, a também advogada Valeska Martins, Zanin continua: "o presidente Lula não reconhece a legitimidade do processo e da condenação que foi imposta a ele pelo ex-juiz Sérgio Moro"

"Ele não aceita qualquer condição imposta pelo Estado, pois não reconhece a legitimidade do processo que o condenou e que o trouxe ao cárcere onde ele está neste momento."

E se a Justiça decidir cumprir a decisão à revelia - ou seja, instituir o regime semiaberto a Lula, mesmo com recusa do presidente?

Cristiano Zanin responde: "não se está cogitando nenhum tipo de descumprimento. Está se cogitando, sim, numa decisão tomada pelo ex-presidente que, a partir do momento em que ele não reconhece a legitimidade do processo e da condenação, ele não está obrigado a aceitar qualquer condição do Estado."

A defesa de Lula espera, portanto, respostas positivas no Supremo Tribunal Federal - como, por exemplo, o julgamento da suspeição do juiz Moro:

"O que ele [Lula] deseja - e também é o que nós, como advogados, já pedimos - é que a Suprema Corte possa analisar os pedidos que foram apresentados, seja sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, seja sobre a suspeição dos procuradores da Lava Jato, pois isso, a nosso ver, é o que deve levar, conduzir à declaração da nulidade de todo o processo e, consequentemente, ao reestabelecimento da liberdade plena do ex-presidente."

"Ele não aceita nenhuma barganha em relação a condições que, eventualmente, venham a ser estabelecidas pela Justiça."

"Nós pretendemos reiterar à Suprema Corte os pedidos que já foram apresentados (...) Ao nosso ver, esse é o caminho para que os processos sejam anulados."

Zanin conclui: "essa é a orientação do ex-presidente. Ele está reafirmando e sendo coerente com a posição que ele sempre manifestou. Vamos agora implementar essas orientações no campo jurídico e aguardar as respostas necessárias."

Assista, abaixo, à íntegra da entrevista:

Reprodução: YouTube/PT

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