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Mourão critica a "diplomacia da submissão" de Bolsonaro

Itamaraty precisa agir de forma "independente e pragmática"
publicado 11/01/2020
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Bolsonaro e Mourão em evento em Brasília em 24/IV/2019 (Créditos: Valter Campanato/Ag. Brasil)

Em entrevista à Agência Brasil nesta sexta-feira 10/I, o vice-presidente Hamilton Mourão mandou um recado a Jair Bolsonaro e criticou, ainda que de forma sutil, a "diplomacia de submissão" praticada pelo seu governo.

Trata-se do alinhamento automático do governo Bolsonaro aos interesses dos Estados Unidos - especialmente após a publicação de uma nota de apoio do Itamaraty ao ataque norte-americano contra o general iraniano Qassem Soleimani, no dia 3/I.

(A nota foi redigida pelo próprio chanceler Ernesto Araújo...)

"O Brasil, tradicionalmente, sempre se voltou ao mundo de uma forma independente e pragmática. Nós temos que ter essa visão de perseguir os interesses do país. Costuma-se dizer que, em relações internacionais, não existem amizades eternas nem inimigos perpétuos, existem apenas os nossos interesses. Essa é a visão que nós temos que continuar, buscando uma inserção soberana do país, apresentando o Brasil como solução, e não como problema", disse Mourão.

Em tempo: nada de considerar o vice-presidente Mourão como um progressista ou anti-bolsonarista, entretanto. Logo em seguida, o general da reserva afirma que considera os Estados Unidos "o grande farol da democracia"...

Em tempo2: o tucano Aloysio Nunes, chanceler durante o governo Temer, também criticou a sabujice de Bolsonaro. Se até um tucano diz que o governo brasileiro está abusando do entreguismo, é porque a situação é grave...

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