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Doleiro Messer diz ter pago propina a procurador da Lava Jato

Januário Paludo debochou das mortes de parentes de Lula
publicado 30/11/2019
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O procurador Januário Paludo (Créditos: Divulgação/Procuradoria da República do Paraná)

Reportagem especial do jornalista Vinicius Konchinski, publicada neste sábado 30/XI no UOL, revela que Dário Messer - o chamado "doleiro dos doleiros" - afirmou, em mensagens trocadas com sua namorada Myra Athayde no WhatsApp, que pagou propinas mensais a Januário Paludo, importante procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.

As mensagens, trocadas em agosto de 2018, foram obtidas pela Polícia Federal do Rio de Janeiro. Os pagamentos estariam ligados, segundo a reportagem, à proteção de Dário Messer em investigações a respeito de suas atividades ilícitas.

Em um dos diálogos, Messer comenta com sua companheira sobre os processos contra ele na Justiça. Ele afirma que uma das testemunhas de acusação teria uma reunião com o procurador Januário Paludo.

"Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos no mês", comenta em seguida Myra Athayde.

De acordo com a Polícia Federal, os "meninos" são dois operadores de câmbio que trabalharam com Dário Messer em manobras de lavagem de dinheiro investigadas pela Lava Jato.

Januário Paludo é membro da Operação Lava Jato desde sua criação, em 2014. Integrante do Ministério Público Federal (MPF) desde 1992, é o mais antigo participante da força-tarefa de Curitiba. Segundo a reportagem do UOL, ele desempenha um papel de conselheiro do procurador Deltan Dallagnol, além de possuir uma amizade com o atual ministro Sérgio Moro.

Paludo tornou-se famoso, também, após reportagem da Vaza Jato do Intercept Brasil do dia 27/VIII revelar que ele e outros procuradores fizeram deboche sobre a morte de familiares do presidente Lula.

Sobre a morte de D. Marisa Letícia, em fevereiro de 2017, Paludo comentou: "estão eliminando as testemunhas".

Em janeiro de 2019, quando da morte do irmão Vavá, Januário Paludo afirmou que "o safado só queria passear".

Em março deste ano, o procurador também afirmou que "o barraco tem nome e sobrenome: Raquel Dodge", ao criticar a ex-Procuradora Geral da República.

O doleiro Messer preso em 31/VII deste ano. Ele era alvo de investigações desde o fim dos anos 1980.

Leia a reportagem completa no UOL.

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